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Consumo de tabaco continua a aumentar apesar dos riscos acrescidos com a Covid-19

31 mai, 2021 - 08:40 • Pedro Mesquita , Sofia Freitas Moreira

Assinala-se o Dia Mundial Sem Tabaco, uma data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por forma a alertar para os efeitos prejudiciais. “Um cigarro tem sete mil compostos químicos, 70 do quais são cancerígenos."

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O consumo de tabaco não tem diminuído, mesmo havendo dados que mostram que os fumadores têm um risco até 50% maior de desenvolver doença grave e de morrer por Covid-19. Portugal regista, todos os anos, cerca de 13 mil novos casos de cancro associados ao tabaco.

Rita Teles Branco, da Liga Portuguesa contra o Cancro, lamenta que nada tenha mudado com a pandemia. Pelo contrário, a ansiedade provocada pela Covid-19 terá até tido o resultado o contrário.

“Quem tem fumado, acho que continuou a fumar e não aproveitou para parar coisa nenhuma, porque está realmente mais ansioso e mais stressado”, começou por dizer à Renascença.

Enquanto instituição, diz que o objetivo agora “é aproveitar para falar cada vez mais cedo aos jovens e às crianças – e estamos a falar de crianças de 11, 12 e 13 anos, que é quando se começa – no mal que fazem os cigarros”.

“Um cigarro tem sete mil compostos químicos, 70 do quais são cancerígenos. E não é só de cancro do pulmão que estamos a falar, estamos a falar de 30 tipos de cancro diferentes ligados ao consumo de tabaco”, alerta.

Esta responsável sublinha ainda que a pandemia levou a uma diminuição das consultas antitabágicas e alerta para graves consequências no futuro. “Obviamente foi tudo atrasado e desmarcado, sobretudo na fase inicial desta pandemia. Há milhões de consultas adiadas nos hospitais que tratam cancro. Tem graves consequências, certamente”.

A Liga Portuguesa contra o Cancro deixa ainda um aviso aos fumadores que têm vindo a trocar o tabaco convencional pelo tabaco eletrónico ou o tabaco aquecido. Não está provado que estas alternativas ao tabaco normal sejam menos prejudiciais, nem se sabe os efeitos que poderão ter a longo prazo.

“Não podemos passar essa imagem de que é tudo muito mais saudável. Há de haver compostos químicos que têm o cigarro convencional que se calhar não aparecem nos subprodutos do tabaco, mas não é uma coisa saudável”, explica a responsável, que acrescenta que não se pode “criar perceção que estamos a substituir uma coisa que nos causa mal e que nos vai causar mal ao longo da vida, por uma causa saudável que não é saudável”.

O tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas em 2019, ano em que o número de fumadores aumentou para 1,1 mil milhões, revelam estimativas mundiais divulgadas na última sexta-feira, acrescentando que 89% dos novos fumadores ficaram viciados aos 25 anos.

Impostos mais altos sobre o tabaco, fim da adição de sabores, como mentol, em todos os produtos contendo nicotina, proibição da publicidade ao tabaco na internet, incluindo nas redes sociais, e mais espaços livres de fumo são medidas apontadas para prevenir o tabagismo entre os mais jovens.

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