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Covid-19

Governo estuda a hipótese de afastar segunda dose de vacina Covid da primeira

22 fev, 2021 - 22:03 • Filipe d'Avillez

O objetivo é aproveitar a imunidade que uma só dose já fornece, calculada nos 60 a 70%, e assim conseguir administrar a primeira dose a mais gente. O SNS24 vai começar a prescrever testes à Covid-19 a contactos de baixo risco.

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O Governo está a estudar a hipótese de afastar no tempo as tomas da vacina para a Covid, para poder cobrir uma maior percentagem da população com, pelo menos, uma toma.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu esta segunda-feira, em entrevista à RTP3, que a possibilidade está em cima da mesa e que está a ser analisada com cuidado pelo Governo, mas que a decisão não está ainda tomada.

A ideia é fazer face à escassez de vacinas, uma vez que as farmacêuticas não têm cumprido com os seus acordos e não estão a chegar aos países da União Europeia, incluindo a Portugal, as doses contratadas.

Os estudos demonstram que uma só toma da vacina já confere uma imunidade que ronda os 60 ou 70%. Afastando no tempo as duas tomas permitiria dar a primeira toma a mais pessoas em menos tempo.

Lacerda Sales diz que os especialistas em Portugal estão a ponderar a questão de forma muito cautelosa.

“Estão a fazer a ponderação dessa matéria, porque entre o afastamento que permita vacinar mais gente com a primeira dose, sabendo que pode produzir uma eficácia entre os 60 e os 70%, portanto já confere alguma proteção, nomeadamente às camadas mais vulneráveis, ou ter mais gente com as duas doses vacinadas, é uma relação custo benefício que tem de ser muito ponderada.”

“Estamos a ponderar bem essa matéria para depois tomar a melhor decisão, consoante as necessidades”, concluiu.

Uma semana depois do prometido, só esta terça-feira é que o SNS24 vai começar a prescrever testes à Covid-19 a contactos de baixo risco.

Já quanto à testagem massiva Lacerda Sales diz que o plano ainda não está pronto: há estratégias a definir, por exemplo nas escolas, de quanto em quanto tempo é que devem ser feitos os testes.

O secretário de Estado da Saúde também não sabe ainda quem vai pagar os testes no caso das empresas privadas.

Comentários
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  • Digo eu
    23 fev, 2021 Aqui 11:19
    Se as farmacêuticas não cumprem os acordos, que tal quebrar a patente e começarmos nós próprios a produzir as vacinas em falta?
  • Cidadao
    23 fev, 2021 Lisboa 08:34
    Acho que deviam diluir a vacina não para 6 doses, mas sessenta, e dar a 2ª toma só no ano que vem, ou em certos casos, injectar soro fisiológico em vez de vacina. Assim, cumprem o objectivo de ter toda a gente vacinada até ao Verão. Não estão vacinados, obviamente, mas conta como "vacinados" para a estatística propagandista. E se apanharem a doença... foi "azar"!

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