Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Covid-19

AHRESP defende novo quadro de apoio se restaurantes voltarem a fechar

09 jan, 2021 - 17:36 • Lusa

A concretizar-se o encerramento dos estabelecimentos de restauração, mantendo-se a funcionar apenas em ‘take-away’ e para entregas ao domicílio, “será necessário um novo quadro de apoio às empresas e aos seus trabalhadores”, avisa a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

A+ / A-

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu este sábado a necessidade de “um novo quadro de apoio às empresas e aos seus trabalhadores” caso os restaurantes voltem a encerrar devido à pandemia de covid-19.

Em comunicado, a AHRESP recorda as declarações do ministro da Economia, que na sexta-feira admitiu a possibilidade de os restaurantes voltarem a encerrar face ao agravamento da situação pandémica, salientando ser cada vez mais urgente “a imediata disponibilização das medidas anunciadas pelo Governo” em dezembro.

Além disso, acrescenta a associação, a concretizar-se o encerramento dos estabelecimentos de restauração, mantendo-se a funcionar apenas em ‘take-away’ e para entregas ao domicílio, “será necessário um novo quadro de apoio às empresas e aos seus trabalhadores”.

Na sexta-feira, o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, admitiu que as novas restrições para conter a pandemia de covid-19 podem passar pelo encerramento da restauração e do comércio não alimentar.

“Aquilo que devemos ponderar como plausível é o quadro que vigorou durante o mês de abril ou o quadro que vigorou durante a primeira quinzena do mês de maio”, disse o ministro em conferência de imprensa após a Concertação Social.

Siza Vieira lembrou que, nessa altura, mantiveram-se em funcionamento a indústria e a construção civil, mas encerraram atividades como “o pequeno comércio não alimentar” e a restauração que funcionava apenas em regime de ‘take away’ e entrega ao domicílio.

Segundo o ministro da Economia, “esse é o quadro” que está a ser estudado pelo Governo e as medidas vão continuar a ser discutidas nos próximos dias com os especialistas e parceiros sociais.

Ainda de acordo com Siza Vieira, as empresas que tiverem de encerrar no âmbito das novas restrições poderão aceder ao regime do ‘lay-off’ simplificado, que neste momento permite o salário a 100% pagando o empregador “apenas 19% desse salário” e estando isento da Taxa Social Única (TSU).

Por sua vez, o programa Apoiar prevê um apoio a fundo perdido “que agora vai ser majorado”, disse o ministro, acrescentando esperar que, para as empresas que já receberam o primeiro pagamento e para as que venham a apresentar candidaturas o valor dos apoios possa ser reforçado.

“Durante a próxima semana aprovaremos e publicaremos a portaria de alteração ao programa Apoiar para contemplar estas alterações”, assegurou o ministro da Economia, lembrando que as empresas podem ainda aceder ao apoio à retoma progressiva da atividade.

Em dezembro, o Governo tinha alargado o universo de empresas que podem ser contempladas pelo programa Apoiar, tendo ainda reduzido, com condições, algumas das restrições existentes, como a exigência de capitais próprios positivos ou inexistência de dívidas ao Estado.

Através do programa Apoiar, as micro e pequenas empresas têm acesso a apoio um subsídio a fundo perdido em função da quebra de faturação, mas a medida não contemplava, até então, nem empresas de média dimensão nem os empresários em nome individual (ENI) sem contabilidade organizada.

Em dezembro, a AHRESP considerou as medidas anunciadas como “positivas” e importantes para mitigar problemas nas empresas e evitar mais despedimentos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.914.057 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.701 pessoas dos 476.187 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 08 de janeiro, até dia 15.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+