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Covid-19: Lisboa transfere doentes para hospital de S. João, no Porto

08 jan, 2021 - 21:23 • Redação, com Lusa

O Hospital de S. João começa a receber doentes Covid provenientes Lisboa, mas também espera um aumento de casos nos últimos dias. “Estamos a preparar-nos para os cenários mais exigentes", afirma a administração.

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Os hospitais de Lisboa começaram esta sexta-feira a transferir doentes com Covid-19 para o Hospital de S. João, no Porto.

Nas últimas 24 horas houve um aumento significativo do número de casos em Lisboa, região onde também se registaram mais óbitos nos últimos dias.

O Hospital de S. João começa a receber doentes Covid provenientes Lisboa, mas também espera um aumento de casos nos últimos dias.

O presidente do conselho de administração, Fernando Araújo, garante que o hospital está devidamente preparado para este cenário.

“Qualquer decisão que se tome ao nível da Covid vai depois demorar uma ou duas semanas para ter efeitos. Olhando para o que está a acontecer na região Centro e Sul, é espetável que na região Norte, nos próximos dias, possamos ter um aumento elevado de casos”

“Estamos a preparar-nos para os cenários mais exigentes, esperando que tal não aconteça. Se acontecer estamos sempre um passo à frente da pandemia, com uma resposta sempre preparada para que não nenhuns constrangimentos nesse âmbito”.

A Renascença sabe que, durante a tarde desta sexta-feira, estavam a ser preparados para serem transportados os primeiros cinco doentes para o Hospital de São João, provenientes do Beatriz Ângelo, em Loures.

Santa Maria abre mais 52 camas

O Hospital Santa Maria elevou o nível de contingência e vai abrir mais 52 camas para doentes covid-19, 12 das quais em cuidados intensivos, avançou hoje à Lusa fonte oficial do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN).

As camas de internamento em enfermaria para doentes com covid-19 passam de 120 para 160, 20 das quais já estão a funcionar, e as camas de cuidados intensivos passam de 36 para 48 este fim de semana.

“Este é um elevar do nível de contingência com mais 52 camas alocadas à covid-19 para responder às necessidades não só dos doentes que chegam ao hospital, mas também para responder à grande pressão na região de Lisboa”, disse a mesma fonte, rejeitando haver "qualquer situação de catástrofe” no hospital.

Os últimos dados apontam para 160 doentes internados com covid-19, 36 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos, adiantou, acrescentando que nenhum doente foi transferido para outro hospital.

Segundo a fonte do centro hospitalar, que engloba os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, vão ser também criadas camas de internamento para doentes não-covid, “o que é uma necessidade nesta fase de inverno para doentes com outras patologias”.

O CHULN parou em meados de novembro com a atividade não urgente, tendo feito protocolos com três hospitais privados, onde as equipas do centro hospitalar utilizam os blocos operatórios para realizar as cirurgias aos seus doentes.

“Num mês, já realizámos 130 cirurgias de sete especialidades para não prolongar os tempos de espera e dar resposta aos doentes não urgentes”, adiantou a fonte oficial do CHULN.

Portugal registou esta sexta-feira um novo máximo de mortes e casos diários de Covid-19: mais 118 mortes e 10.176 infeções pelo novo coronavírus.

Pelo terceiro dia consecutivo, o país contabiliza um número de casos na ordem dos 10 mil, numa altura em que vários hospitais do país estão em situação de pré-rutura.

O número de internamentos também volta a subir e a bater recordes. Há nesta altura 3.451 pessoas internadas, mais 118 do que ontem, das quais 536 em cuidados intensivos (mais 22 do que ontem).

O estado de emergência decretado em 9 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00h00 de 8 de janeiro, até dia 15.

O ministro da Economia anunciou esta sexta-feira o Governo admite o encerramento do comércio não alimentar e da restauração (com funcionamento apenas em take away ou entrega no domicílio) para travar a pandemia de Covid-19. “O que pretendemos é um momento de travagem", afirma Pedro Siza Vieira.

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