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​Ramalho Eanes, o risco de "irrelevância" das Forças Armadas e o “esquecimento do 25 de Novembro”

19 abr, 2024 - 01:08 • Pedro Caeiro, com Ricardo Vieira

Antigo Presidente da República queixa-se do estado a que chegou a realidade militar do país.

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As Forças Armadas caminham a passos largos para a “irrelevância”, alerta o general Ramalho Eanes.

Em entrevista à RTP, o antigo Presidente da República. de 89 anos, queixa-se do estado a que chegou a realidade militar do país.

“Presentemente, as Forças Armadas caminham para uma irrelevância. Há amigos meus que dizem que caminha para uma nulidade. Eu acho que é um exagero, mas não é tão exagerado quanto parece”, declarou Ramalho Eanes.

O antigo Presidente da República queixa-se de uma degradação progressiva do estatuto dos militares em relação às forças de segurança e diz que é contra o serviço militar obrigatório.

Ramalho Eanes defende que é preciso tornar a carreira militar mais atrativa.

“A preparação dos militares exige muito tempo, muito investimento, muita tecnologia. Hoje não é possível ter um Exército só de voluntários. O que é necessário é que se definam políticas de recrutamento, de retenção, de modificação da condição militar, tornando as Forças Armadas mais atrativas para os jovens”, afirma o general.

Nesta entrevista à RTP, Ramalho Eanes refere, a propósito da ausência do 25 de Novembro nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que ainda “há preconceitos por ultrapassar” e que o esquecimento da data não ajuda à democracia, porque a História não se apaga.

“O esquecimento do 25 de Novembro não ajuda a democracia, porque a História não se apaga e é regressando à História, não endémica e nostalgicamente, que aprendemos a evitar erros futuros”, sublinha o antigo chefe de Estado.

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