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Coronavírus

​Hungria define datas e regras para atribuir campeão

01 mai, 2020 - 12:45 • Pedro Azevedo

Se o campeonato não for retomado, o Ferencvaros será campeão e não haverá descidas. Rui Pedro, jogador português do Diósgyor, conta que no seu clube os jogadores vão realizar testes e se ninguém estiver infetado com Covid-19, voltarão a treinar.

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O campeonato húngaro ainda mantém a incerteza quanto ao regresso da competição, embora os responsáveis acreditem no cenário de se decidirem em campo as oito jornadas que restam até á conclusão da prova.

Mas estão já estabelecidos prazos e regras para uma decisão definitiva sobre o que resta realizar. Se as condições não estiverem reunidas até 13 de Junho, Rui Pedro, jogador português do Diósgyor, explica, à Renascença, que o campeonato termina prematuramente e "o campeão vai ser o que está à frente da classificação [Ferencváros]". Por outro lado, "não haverá descidas e o campeonato, que é de 12 equipas, na próxima época seria alargado para 14”.

Testes aos jogadores antes do regresso aos treinos

Apesar das regras e datas já estabelecidas, os dirigentes húngaros ainda acreditam que será possível jogarem-se as oito jornadas que faltam para a conclusão do campeonato, mas o avançado português sublinha que "tudo está dependente da evolução da pandemia".

"No meu clube, vamos fazer testes para ver se não há infetados. Se não houver poderemos recomeçar a treinar em pequenos grupos de três ou quatro jogadores, para dentro de duas semanas, se estiver tudo bem, recomeçarmos a treinar todos juntos. Fim de maio, ou início da junho são as datas prováveis para retomar a competição”, antecipa Rui Pedro, traçando um cenário semelhante ao que se vive em Portugal.

A boa época na Hungria e o desejo do regresso a Portugal

Rui Pedro transferiu-se do Ferencvaros para o Diósgyor, no dia 31 de agosto de 2019. Soma no emblema de Miskolc 20 jogos e três golos em partidas oficiais, na presente temporada.

“A época estava a correr-me muito bem. Quando cheguei do Ferencvaros, a equipa estava em último. Agora ocupamos o quinto lugar e estávamos a realizar um excelente campeonato, a poucos pontos de um lugar para a Liga Europa. A paragem veio em má altura porque éramos a equipa a atravessar o melhor momento”, assinala.

Com vínculo contratual com o Diósgyor, Rui Pedro coloca o regresso a Portugal como um objetivo futuro. No imediato, o jogador deve continuar na Hungria. “Em princípio vou continuar. Tenho mais um ano e meio de contrato. A minha família também está feliz aqui. Ainda não penso em voltar a Portugal mas não escondo que gostaria de voltar no futuro”, declara.

Formado no FC Porto, o avançado, de 31 anos, chegou a fazer um jogo pela equipa principal. Depois de empréstimos a Estrela da Amadora, Portimonense, Gil Vicente e Leixões, saiu de Portugal para jogar no Cluj. Foi campeão e estreou-se na Liga dos Campeões, ao serviço dos romenos. Voltou a Portugal em 2014 para representar a Académica.

Após duas épocas em Coimbra, regressou ao lesta da Europa, desta vez, para os búlgaros do CSKA de Sofia. Está na Hungria desde 2017. Contratado pelo Ferencvaros, nunca chegou a ter a regularidade que pretendia. Na época passada realizou apenas um jogo, mas foi suficiente para passar a ter no currículo o título de campeão húngaro. Terminou a temporada no Haladás, com cinco golos, em 15 jogos. Esta época transferiu-se, em definitivo, para o Diósgyor.

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