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Bastonário dos médicos pede ao Governo para agir “sem medo”

11 mar, 2020 - 14:34

Miguel Guimarães disse que o fecho das escolas, decisão que está reservada para esta tarde, deve ser “seriamente considerada”.

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A Ordem dos Médicos pede ao Governo que não tenha medo de tomar decisões de contenção do Covid-19, mesmo, que isso implique “sacrifícios”.

“O Governo não tem de ter receio em tomar decisões de contenção porque elas são mesmo necessárias. Não queremos que Portugal passe pelo que passaram outros países como Itália e isso significa fazer alguns sacrifícios temporariamente e isso pode vir acontecer”, alertou Miguel Guimarães após uma reunião com administração do Hospital de São João, no Porto.

O apelo do Bastonário dos Médicos surge a poucas horas da reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública, que vai decidir o encerramento das escolas. Uma medida que “deveria ser seriamente considerada pelo Governo”, defendeu Miguel Guimarães lembrando que “não adianta adiar medidas” que são principais, “têm de ser tomadas”.

A criação de hospitais dedicados, apenas, ao Covid-19 foi outra proposta avançada pelo responsável, para quem o país deveria ter “pelo menos um [hospital especializado] na região norte, outro no centro e outro na região sul”.

Esta é, aliás, uma possibilidade que deveria ser ativada “imediatamente”, defendeu.

O Bastonário da Ordem dos Médicos esteve, esta quarta feira, no Hospital de São João, no Porto, que regista esta quarta feira 29 casos confirmados de Covid-19. Mais dez que na terça feira.

O número de casos confirmados em Portugal de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu para 59, mais 18 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou esta quarta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje, há 471 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.

Segundo a DGS, há ainda 3.066 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.A epidemia foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

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