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Eleições Legislativas 2024

Ventura diz que há boicote na votação no estrangeiro: "Tentativa de desvirtuar o resultado das eleições"

02 mar, 2024 - 23:22 • Tomás Anjinho Chagas

Líder do Chega aproxima-se de candidatos como Trump e Bolsonaro que colocaram em causa as próprias eleições. Ventura relata caso de votação na África do Sul e sugere que isso acontece por conluio de PS e PSD. [em atualização]

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André Ventura afirma que "está em curso uma tentativa de desvirtuar o resultado destas eleições em Portugal". A acusação do líder do Chega foi feita durante um jantar-comício do partido na Figueira da Foz, em que foi utilizado um caso relatado na África do Sul.

"Chegam-nos emails de pessoas que não conseguem votar, não recebem indicações e até de consulados. Vou dar um exemplo do consulado, penso que em Joanesburgo, na África do Sul, que disse pelo Facebook que quem quisesse votar tinha de se inscrever até dia 10 de janeiro. Meus amigos, está em curso uma tentativa de desvirtuar o resultado destas eleições em Portugal, e nós temos de estar muito atentos a isso", afirmou o líder do Chega.

Ventura sugere que isso acontece "pelos consulados dominados pelo PS e PSD, pelo mundo fora" e justifica que isso sucede porque os emigrantes portugueses "querem uma mudança".

"Chegam-nos notícias de verdadeiras tentativas de boicote ao voto", afirma o presidente do Chega, num discurso semelhante ao de Donald Trump e Jair Bolsonaro, colocando em causa o funcionamento e a transparência do processo.

A juntar a estas acusações, Ventura pede "olho aberto nestas eleições" argumentando que "não nos podem enganar".

"Isto soma-se a vídeos que circulam permanentemente de pessoas a dizer que vão anular e condicionar os votos do Chega", refere o líder do partido sem concretizar.

Regras da CNE mostram que é normal

Segundo um comunicado da Comissão Nacional de Eleições (CNE), publicado a propósito destas eleições legislativas de 2024, é normal que as pessoas que votam no estrangeiro tenham de sinalizar que o querem fazer. Essa é, aliás, a regra para todos os consulados e embaixadas, como se pode ler abaixo.

A publicação do Facebook do consulado de Joanesburgo a que André Ventura se refere no discurso, demonstra também que quem não pedir para votar presencialmente até dia 10 de janeiro, pode votar por correio.

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