23 ago, 2023 - 14:09 • Redação
A especialista em Relações Internacionais, Sandra Fernandes, defende que a participação de Portugal nas investigações ao massacre de Bucha, na Ucrânia, dá força aos países envolvidos no julgamento de eventuais crimes de guerra.
Em declarações à Renascença, Sandra Fernandes considera que a vontade política de países como Portugal é importante para um processo que diz não ter precedentes na justiça internacional.
"O Tribunal Penal Internacional foi ativado, aliás, a pedido de vários dos seus membros, mas o que é certo é que, em termos de justiça efetiva, está a demorar bastante tempo. Também não temos precedentes de uma vontade tão rápida de que a justiça internacional dê os seus frutos, no sentido de identificar os responsáveis. Mas há uma vontade política para que isso aconteça e, portanto, a posição de Portugal aqui alimenta a posição de um conjunto de países, em relação aos quais Portugal se alinha e com os quais quer cooperar", explica.
O Presidente da República não escondeu uma reação (...)
A especialista em Relações Internacionais considera que, em matéria de colaboração, "já estamos um bocado para além da prova que houve de que esses crime foram cometidos".
"O que está para acontecer é designar os responsáveis e conseguir culpá-los", remata.
O Presidente da República encontra-se na Ucrânia, numa visita oficial de dois dias. Na manhã desta quarta-feira visitou a cidade de Bucha onde admitiu que Portugal pode colaborar nas investigações ao massacre de Bucha.