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Guerra na Ucrânia

Fornecimento de petróleo russo através da Ucrânia foi interrompido

09 ago, 2022 - 14:17 • Lusa

A Transneft, empresa russa responsável pelo transporte, anunciou a recusa de pagamento devido às sanções contra Moscovo. Oleoduto serve três países europeus sem acesso ao mar: Hungria, Eslováquia e República Checa.

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As entregas de petróleo russo a três países europeus através da Ucrânia foram interrompidas após a recusa de uma transação bancária ligada às sanções contra Moscovo, anunciou esta terça-feira a empresa russa responsável pelo transporte.

Em comunicado, a Transneft explica que o seu pagamento sobre o direito de trânsito pela Ucrânia para o mês de agosto, efetuado em 22 de julho, foi recusado no dia 28 por causa da entrada em vigor de determinadas sanções adotadas contra Moscovo.
Em consequência, a empresa ucraniana UkrTransNafta "deixou de fornecer serviços para o transporte de petróleo através do território ucraniano a partir de 04 de agosto", indicou a Transneft. Trata-se de entregas através de um ramal do oleoduto Druzhba que passa pela Ucrânia e serve três países europeus sem acesso ao mar, Hungria, Eslováquia e República Checa. O fornecimento à Polónia e à Alemanha, através de um outro ramal do Druzhba que transita pela Bielorrússia, "prosseguem normalmente", declarou a Transneft.
Apesar da ofensiva militar russa em território ucraniano desde finais de fevereiro, o petróleo e o gás russos continuam a transitar pela Ucrânia para a União Europeia (UE), onde alguns países têm forte dependência dos hidrocarbonetos russos.
A UE adotou em junho um embargo progressivo ao petróleo russo, prevendo o fim das importações de crude por navio dentro de seis meses.
O fornecimento via oleoduto de Druzhba foi autorizado a continuar "temporariamente", sem data limite, uma concessão obtida pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que mantém boas relações com o Presidente russo, Vladimir Putin, estando a Hungria bastante dependente do petróleo russo.
Desde o início do conflito na Ucrânia, os países europeus tentam reduzir a sua dependência energética da Rússia, acusando Moscovo de usar as suas exportações neste setor como "arma de guerra".
A Rússia também reduziu significativamente o fornecimento de gás à Europa nas últimas semanas.
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  • Cidadao
    09 ago, 2022 Lisboa 17:42
    Pelos vistos, o Húngaro Urban embora à frente de um país NATO, ser amigo do Putin, desta vez não lhe serviu de nada. A ver se ele percebe que a lealdade dele tem de ser com a NATO e não com a Rússia.

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