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Timor disposto a mudar regras para comprar dívida pública portuguesa

20 set, 2013 - 15:37

País está impedido de fazer este tipo de investimento devido às regras do fundo de petróleo. De acordo com este fundo, Timor apenas pode comprar dívida pública dos países melhor cotados.

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O Presidente de Timor-Leste admitiu a intenção de repensar a forma como é investido o fundo petrolífero do país, cujas regras impedem a compra de dívida soberana portuguesa.

"Como Presidente da República sou muito ambicioso e o meu desejo é repensar o fundo para fazer mais investimentos", disse aos jornalistas no final de um encontro com Cavaco Silva, em Lisboa.

A Lei do Fundo Petrolífero foi estabelecida em 2005 com intenção de contribuir para a gestão eficaz dos recursos petrolíferos de Timor-Leste.

O líder timorense respondia à pergunta dos jornalistas portugueses sobre a intenção, anunciada em 2010 pelo então Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, intenção que nunca se concretizou, alegadamente por impedimentos relacionados com os critérios do fundo de petróleo timorense.

Questionado sobre se Timor-Leste poderá alterar essas regras para poder ajudar Portugal num momento de crise, comprando dívida soberana portuguesa, Taur Matan Ruak afirmou que o seu país ainda não fez "totalmente o investimento como devia ser feito".

“Apoio a ideia de repensar a forma como investir o fundo no futuro", afirmou.

O fundo é gerido em conjunto pelo Banco Central de Timor-Leste, responsável pela gestão operacional, e o Ministério das Finanças, responsável pela gestão global.

Em Agosto de 2011, o parlamento aprovou uma alteração da lei com o objectivo de flexibilizar a diversificação da carteira de aplicações, que, até àquela data, contava apenas com investimentos em títulos do Tesouro norte-americano, para aumentar o retorno dos investimentos. No entanto, as regras estabelecem que os investimentos sejam feitos apenas em dívida com a classificação máxima (AAA), que pressupõe um risco menor para o investidor.

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