15 ago, 2013 - 22:12
A descoberta, na China, de um fóssil de um roedor, semelhante a um rato, com 160 milhões de anos, explica como os pequenos mamíferos pré-históricos se desenvolveram ao mesmo tempo que os dinossauros, revela a revista "Science".
O fóssil em causa é o mais antigo dos mamíferos multituberculados, pequenos roedores que desapareceram há mais de 60 milhões de anos. Pertence a uma nova espécie, baptizada como "Rugosodon eurasiaticus".
Segundo os investigadores, o esqueleto quase completo deste espécime, de cerca de 17 centímetros de comprimento, fornece indicadores-chave sobre os traços anatómicos que permitiram aos mamíferos multituberculados adaptarem-se, com sucesso, ao seu ambiente: do mesmo modo que os dentes serviam para roer as plantas, também eram usados para rasgar a carne de animais.
Os mamíferos multituberculados prosperaram no Cretáceo, período que corresponde à era dos dinossauros.
Como os roedores da actualidade, os multituberculados ocupavam uma grande variedade de nichos ecológicos: à superfície, no subsolo ou nas árvores.
O novo fóssil tinha um grande número de traços herdados pelas espécies de roedores que apareceram posteriormente, de acordo com os investigadores, da Academia de Ciências Geológicas de Pequim, na China.