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África do Norte

Incêndios florestais na Argélia provocam mais de 40 mortos, incluindo 25 militares que combatiam as chamas

11 ago, 2021 - 08:53 • Sofia Freitas Moreira

Várias casas ficaram destruídas, obrigando famílias a fugirem. Há pessoas alojadas em hotéis, albergues de juventude e residências universitárias.

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Incêndios na Argélia deixam 42 mortos, incluindo 25 soldados
Incêndios na Argélia deixam 42 mortos, incluindo 25 soldados

42 pessoas, incluindo 25 soldados, morreram na Argélia, no Norte de África, na sequência de vários incêndios florestais que começaram na última segunda-feira.

De acordo com a agência Reuters, o ministro do Interior, Kamel Beldjoud, chegou a indicar que os fogos teriam origem criminosa, no entanto, até ao momento, ninguém foi detido e o governo não forneceu mais pormenores sobre as alegações.

"Só mãos criminosas podem estar por detrás da deflagração simultânea de cerca de 50 fogos em várias localidades", disse o ministro, na altura.

Os residentes argelinos da região de Tizi Ouzou, em Kabylie, utilizaram ramos de árvores para tentar abafar as chamas e lançaram água de recipientes de plástico, num esforço desesperado para apagar o fogo.

Os soldados vitimados morreram em diferentes áreas, alguns enquanto tentavam apagar as chamas e outros depois de terem sido afetados pelo fumo. O Ministério da Defesa disse que mais soldados tinham sido gravemente feridos com queimaduras.

Várias casas ficaram destruídas, obrigando famílias a fugirem para hotéis, albergues de juventude e residências universitárias.

"Tivemos uma noite de horror. A minha casa está completamente queimada", disse Mohamed Kaci, que tinha fugido com a sua família da aldeia de Azazga para um hotel.

Em declarações para a televisão estatal, na terça-feira à noite, o primeiro-ministro Ayman Benabderrahmane disse que o governo estava em "conversações avançadas com parceiros (estrangeiros) para contratar aviões e ajudar a acelerar o processo de extinção de incêndios”.

Na semana passada, um monitor da atmosfera da União Europeia apontou que o Mediterrâneo se tinha tornado num foco de incêndios selvagens. A Turquia e a Grécia, que enfrentam uma onda de calor intensa, têm sido os países mais afetados pelas chamas.

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