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Covid-19. Ibiza quer “detetives” infiltrados em festas ilegais

03 ago, 2021 - 07:35 • Marta Grosso

O perfil procurado é este: estrangeiros com idade entre 30 e 40 anos, dispostos a colaborar no combate da pandemia.

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As autoridades espanholas estão a trabalhar num esquema que visa criar um esquadrão de cidadãos estrangeiros para se infiltrarem em festas que violam os regulamentos definidos no âmbito da pandemia de Covid-19.

Os elementos do esquadrão funcionam como “detetives” infiltrados, que depois denunciam os casos às autoridades, revela o jornal “The Guardian”.

A ideia surge no momento em que a ilha enfrenta, há duas semanas, uma taxa de incidência de Covid-19 de 1.814 casos por 100.000 habitantes.

Ibiza é famosa pela vida noturna e diversão que oferece, mas com a maioria das discotecas fechadas (com exceção das que têm espaço para fazer eventos ao ar livre, mas em que os clientes têm de ficar sentados) e os restaurantes e bares limitados a pequenos grupos de pessoas, as autoridades apontam festas ilegais pelo aumento do número de casos.

As reuniões entre pessoas de diferentes agregados familiares estão proibidas entre a 1h00 e as 6h00 e as multas para quem organiza festas ascendem aos 600 mil euros, mas isto não está a impedir que elas aconteçam.

A maioria das festas ocorre em residências particulares e são promovidas nas redes sociais ou em estabelecimentos turísticos, atraindo uma mistura de turistas, moradores e trabalhadores sazonais, refere Mariano Juan, conselheiro do território, ao jornal “Diário de Ibiza” e citado pelo “The Guardian”.

A quantidade de encontros festivos está a sobrecarregar a polícia, que não consegue infiltrar-se nestas aglomerações porque os agentes “são conhecidos pelos habitantes locais”.

“Portanto, temos que procurar ajuda do lado de fora”, justifica o alto responsável, acrescentando que, atualmente, as festas “não são apenas um problema relacionado com a ordem pública, como que sempre foram, mas representam um risco óbvio para a saúde das pessoas”.

Autoridades locais estão, por isso, a estudar, juntamente com uma empresa, a melhor maneira de formar uma equipa para ajudar a polícia na deteção das festas ilegais.

“Não é fácil, porque o perfil que procuramos é de estrangeiros entre 30 e 40 anos, mas estamos a trabalhar nisso há duas semanas”, refere Mariano Juan, confiante de que a iniciativa possa avançar em breve.

“Não tenho dúvidas de que estará a funcionar neste Verão. É uma necessidade para salvaguardar a saúde em Ibiza”, sustenta ainda.

A medida não é, contudo, consensual e já provocou discussão. O Partido Socialista, que lidera a administração regional de Ibiza, pediu aos funcionários da ilha que apresentassem "propostas sérias com respaldo legal", em vez de "agir de forma irresponsável, lançando ideias com as quais não podemos concordar".

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