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Guiné-Bissau. Marcelo garante que defendeu melhor democracia

18 mai, 2021 - 21:51 • Lusa

Chefe de Estado reafirmou: “Queremos mais Estado de direito democrático no mundo da lusofonia".

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O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, diz ter aproveitado todas as ocasiões durante a sua visita oficial à Guiné-Bissau para defender que os países que falam português devem todos esforçar-se por uma melhor democracia.

Em declarações aos jornalistas, em Bissau, questionado se abordou com o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, temas como a liberdade de imprensa e direitos humanos, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Não só estiveram em cima da mesa como em público eu os referi sistematicamente, no sentido de que queremos mais Estado de direito democrático no mundo da lusofonia".

"Na casa da democracia [a Assembleia Nacional Popular], disso falei desenvolvidamente. Aproveitei todas as ocasiões para tornar claro aquilo que é fundamental, que é aquilo que nos deve aproximar cada vez mais: o esforço em todos os países que falam português de construirmos melhor democracia, com mais direitos, com separação de poderes", acrescentou.

A propósito do seu encontro com Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, atualmente na oposição, que não constava do programa desta visita, Marcelo Rebelo de Sousa foi interrogado se os dois fizeram as pazes.

Na resposta, o chefe de Estado português enquadrou a sua presença na Guiné-Bissau como dirigida "a todo o povo guineense, o que está no Governo, o que está na oposição, todos os partidos".

"Isso ficou claro, como é natural. Os presidentes passam, os governos passam, as maiorias parlamentares passam, os povos não passam. Foi a pensar nos povos que eu aqui estive, e isso foi compreendido da parte de toda a gente na Guiné-Bissau", considerou.

O Presidente português, que à chegada a Bissau, na segunda-feira à noite, foi saudado por uma multidão espalhada continuamente ao longo de oito quilómetros entre o aeroporto e o centro da capital guineense, destacou essa manifestação popular.

No seu entender, "facilitou o facto de, antes mesmo de os vários responsáveis falarem, o povo guineense ter falado, porque clarificou a conversa".

"Para além do que há sempre de manifestações com algum grau de preparação, porque se trata de receber bem quem vem de fora, houve um lado intimista, de calor humano, de improviso genuíno, espontâneo, que quis dizer isto: nós vamo-nos entender sempre a trabalhar juntos para o futuro e, portanto, vocês políticos tratem disso, porque é o que nós queremos", sustentou.

O Presidente português está em Bissau desde segunda-feira para uma visita oficial de cerca de 24 horas, que termina hoje ao fim do dia.

Em outubro de 2020, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu no Palácio de Belém, em Lisboa, em Lisboa o seu homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também em visita oficial.

Esta é a primeira vez que Marcelo Rebelo de Sousa está na Guiné-Bissau como Presidente da República, 31 anos e meio depois de Mário Soares, que realizou a última visita oficial de um chefe de Estado português a este país, em 1989.

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