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EUA

Polícia disparou acidentalmente na morte do jovem negro no Minneapolis

12 abr, 2021 - 20:41

Segundo as autoridades, e com base nas imagens das câmaras usadas na farda dos intervenientes, a agente retirou a arma por engano quando tentava tirar o seu “taser” e disparou acidentalmente quando o tentava ativar.

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A morte de Daunte Wright no Minneapolis, no domingo, terá ocorrido acidentalmente quando a agente da polícia disparou a sua arma em vez de ativar o seu “taser”, como era o objetivo.

A explicação para a morte do jovem negro, que está a causar mais uma onda de protestos nos Estados Unidos, foi avançada pelo chefe da polícia de Brooklyn, Tim Gannon, numa conferência de imprensa esta segunda-feira.

A teoria parece ser comprovada pelas imagens de vídeo captadas pela câmara instalada na farda da agente que disparou o tiro fatal. Nestas pode ver-se Daunte Wright, que tinha sido parado por um delito de trânsito de relativamente pouca importância, a tentar fugir do local quando os agentes perceberam que havia um mandado de detenção em seu nome.

Nessa altura a agente corre em direção ao carro, puxa da sua arma de fogo e grita três vezes “taser” antes de disparar. Depois de o fazer reage de forma chocada, dizendo: “Porra, dei-lhe um tiro”.

Os polícias americanos tendem a usar várias ferramentas para tentar neutralizar eventuais agressores para além das suas armas de fogo e bastões. Estas incluem gás pimenta e “tasers”, que provocam uma descarga elétrica potente que imobiliza a vítima mas que, caso a vítimas seja saudável, não constitui uma ameaça à sua vida.

“Creio que a agente tinha a intenção de usar o seu ‘taser’, mas que em vez disso alvejou o senhor Wright com uma única bala”, afirmou Gannon, na conferência de imprensa em que foram exibidas as imagens. “Parece-me, com base na reação imediata e na consternação da agente, que se tratou de um disparo acidental, resultando na morte trágica do senhor Wright”.

A morte de Daunte Wright ocorreu a poucos quilómetros do local onde, no verão de 2020, George Floyd morreu durante uma detenção, quando um dos agentes o imobilizou com um joelho em cima do pescoço durante largos minutos.

Esse incidente espoletou meses de protestos populares contra a violência policial, em particular contra membros de minorias étnicas. Fruto de negligência ou não, o facto de mais um jovem negro às mãos da polícia já lançou uma nova vaga de protestos.

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