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Pandemia

Covid-19. Ciberataques à AEM "não afetam" aprovação e distribuição das vacinas

10 dez, 2020 - 20:14 • Lusa

Diretora-geral da Agência Europeia de Medicamentos assegura que o organismo está "em pleno funcionamento” e que "os ataques não põem em causa o prazo para autorizar a licença das vacinas".

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A Agência Europeia de Medicamentos (AEM) garantiu esta quinta-feira que os ataques cibernéticos de que foi alvo durante duas semanas “não afetam” os calendários de aprovação e de distribuição das vacinas.

“Temos sido alvo de um ataque cibernético nas últimas duas semanas. Posso garantir que isso não vai afetar os prazos previstos para a entrega das vacinas. Estamos em pleno funcionamento”, sublinhou a diretora-geral da instituição, Emer Cooke.

A diretora-geral da AEM garantiu também que os ataques não põem em causa o prazo para autorizar a licença das vacinas que a agência está a analisar.

Em declarações feitas no Parlamento Europeu, Cooke assegurou que, apesar dos ataques, todo os trabalhadores da AEM estão “operacionais” e confirmou que está em curso uma investigação, que conta com especialistas da União Europeia (UE) e da polícia dos Países Baixos, uma vez que a sede da instituição é em Amesterdão.

A diretora-geral da AEM confirmou também que se mantêm as datas para as reuniões finais do Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), em que se espera que sejam concluídas as revisões dos pedidos de comercialização condicional das vacinas da Pfizer/BioNTech (29 deste mês) e da Moderna (12 de janeiro).

Cooke adiantou que, depois, serão necessários pelo menos dois dias para que se elabore o relatório final a ser enviado à Comissão Europeia (CE) com as recomendações sobre o fármaco da Pfizer e assegurou que, três dias depois de Bruxelas autorizar o uso da vacina, a AEM divulgará na sua página na web as conclusões para que estejam disponíveis para os cidadãos.

Para Cooke, este é um gesto de transparência “que não se costuma fazer com as outras vacinas”, tendo anunciado igualmente que vai ser realizada uma campanha de comunicação, em conjunto com a Comissão, para “responder às preocupações” do público, bem como aos seus receios quanto às consequências das vacinas, agravadas por teorias de desinformação e conspiração.

A diretora-geral da AEM acrescentou que sexta-feira será realizado um evento digital onde será explicado o processo de “desenvolvimento, avaliação, aprovação e monitorização da segurança” destas vacinas nos 27, convidando o público interessado a partilhar questões.

Quarta-feira, em Haia, a AEM denunciou ter sido objeto de um “ciberataque” e anunciou a abertura de uma investigação, em colaboração com a polícia holandesa.

No mesmo dia, a farmacêutica norte-americana Pfizer adiantou que, nos ataques à AEM, foi pirateada documentação relacionada com as vacinas contra a Covid-19 da própria empresa e também da da BioNTech.

A 2 de dezembro, em Lyon, a Interpol emitiu um alerta global aos seus 194 países membros, incluindo Portugal, alertando-os para se prepararem para os ataques das redes de crime organizado que em breve iriam atuar nas vacinas contra a Covid-19.

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