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Iraque

EUA voltam a bombardear Bagdad, pelo menos cinco membros de milícia pro-Irão morreram

04 jan, 2020 - 00:45 • Redação com Lusa

É o segundo ataque norte-americano em menos de 24 horas. Alvo eram dois veículos da milícia iraquiana Hachad al-Chaabi, que é apoiada pelo Irão.

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Pelo menos cinco pessoas morreram sábado, no norte de Bagdad, no Iraque, num novo ataque aéreo dos Estados Unidos da América que tinha como alvo dois veículos de membros da Hachad al-Chaabi, a milícia iraquiana apoiada pelo Irão.

De acordo com a estação televisiva estatal iraquiana, citada pela France-Presse, o alvo principal do ataque norte-americano era um comandante da Hachad al-Chaabi, mas a cadeia televisiva não especifica a identidade desse alvo. Os cinco mortos foram confirmados à Associated Press (AP) por oficiais iraquianos.

Este é o segundo ataque norte-americano em menos de 24 horas, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado um ataque com um drone (veículo aéreo não tripulado), em Bagdad, capital iraquiana, e que matou Qassem Soleimani, comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, Al-Qods, juntamente com o número dois da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque Hachd al-Chaab, Abu Mehdi al-Muhandis, e outras seis pessoas.

Na sexta-feira, o chefe de Estado norte-americano referiu que Soleimani foi morto para “parar uma guerra” e não para "começar uma guerra", acrescentando que os Estados Unidos estão "prontos e preparados" para responder à retaliação de Teerão. Washington anunciou também que vai enviar mais 3.000 militares para o Médio Oriente, após a morte daquele general.

Fontes do Departamento de Defesa, citados pela AP sob condição de anonimato, referiram que os efetivos pertencem à 82.ª Divisão de Paraquedistas de Fort Bragg, no estado da Carolina do Norte. Aqueles efetivos somam-se aos cerca de 700 soldados da 82.ª Divisão que foram enviados para o Koweit no início desta semana após a invasão do complexo da embaixada dos EUA em Bagdad por milicianos apoiados pelo Irão.

O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Rússia, França, Reino Unido e China) alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem às partes envolvidas que reduzam a tensão.

No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e “outras nações livres da região” vão vingar-se dos Estados Unidos. Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como “um ato de terrorismo internacional”.

Do lado do Iraque, o primeiro-ministro demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassínio vai “desencadear uma guerra devastadora no Iraque” e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio do general irania

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