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Segurança máxima em Brasília para a tomada de posse de Bolsonaro

01 jan, 2019 - 11:51 • Redação com Lusa

Jair Bolsonaro, de 63 anos, é empossado esta terça-feira, em Brasília, Presidente da República Federativa do Brasil, numa cerimónia que prevê apertadas medidas de segurança e delegações de mais de 60 países.

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Brasília é uma cidade blindada, esta terça-feira, por força das cerimónias de tomada de posse do novo Presidente brasileiro, que em setembro foi alvo de um ataque durante a campanha eleitoral. Milhares de polícias estão nas ruas e nalgumas zonas foram colocadas barreiras de betão e de arame farpado.

Um decreto do Presidente vai permitir abater aviões que, durante a cerimónia de posse, violem a área de segurança. O mesmo se aplica aos drones, que podem ser abatidos por franco atiradores que vão estar ao longo da esplanada dos ministérios.

De acordo com o gabinete, ligado à defesa da Presidência do Brasil, cerca de 500 mil pessoas devem participar nos eventos de posse de Bolsonaro, que ocorrem na Esplanada dos Ministérios, zona central de Brasília.

Na capital brasileira são esperados pelo menos uma dúzia de chefes de Estado e de Governo. Entre os líderes confirmados estão o primeiro-ministro israelita, vários presidentes latino-americanos, o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, entre outros.

Os organizadores dos eventos da posse anunciaram que farão também uma revista com detetor de metais e divulgaram uma lista de proibições para o público.

Aqueles que pretendem acompanhar o cortejo de Bolsonaro não poderão ter mochilas, bolsas, carrinhos de bebé ou guarda-chuvas, bebidas alcoólicas, garrafas, fogo de artifício, apontadores de laser, animais, máscaras, produtos inflamáveis, armas de fogo, objetos cortantes e drones. Estas restrições aplicam-se numa extensa área de segurança.

Brasileiros acreditam numa presidência "boa"

Cerca de 65% da população brasileira acredita que a presidência de Jair Bolsonaro vai ser boa. É o que indica uma sondagem publicada esta terça-feira na Folha de São Paulo.

Mesmo assim, o otimismo é inferior ao registado com os anteriores presidentes brasileiros.

Eleito em outubro, à segunda volta, com o lema conservador "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", Jair Messias Bolsonaro, de extrema-direita, assume a pretensão de liderar um movimento conservador no maior país da América Latina, centrado na defesa da ordem civil inspirada na cultura militar, da moral cristã e no liberalismo económico.

Dois meses depois da eleição, Bolsonaro escolheu para o governo vários generais, ministros envolvidos em casos de corrupção, um astronauta, uma pastora evangélica e o famoso juiz do caso Lava Jato, Sérgio Moro. Em entrevista à TV Record, Bolsonaro diz acreditar que tem uma equipa que vai mudar o Brasil.

Comentários
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  • Anónimo
    02 jan, 2019 11:11
    Bolsonaro defende a posse de arma... Excepto na sua tomada de posse... Hipócrita!

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