“Alentejo, Patrimónios” é a designação do novo projeto da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), que vai ser lançado no dia 22 de agosto, em parceria com várias câmaras municipais e instituições da região.

Arranca na vila de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, e vai ter como cenário a arte chocalheira, cujo fabrico viu, em 2015, o seu nome inscrito na lista da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), do Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.

“Considerando a realidade derivada do estado de pandemia em que vivemos, o projeto Alentejo, Patrimónios pretende ser uma forma de manter e aprofundar dinâmicas de promoção do território que passem pela Cultura e o Património Cultural, através do contacto com os atores, os espaços e os elementos representativos das mais diversas manifestações culturais que são o espelho da região, nestes tempos que atravessamos”, explica a DRCAlen, em comunicado enviado à Renascença.

Através da realização de visitas temáticas, pretende-se, segundo a organização, “valorizar e promover o património cultural da região, de uma forma alargada e diferenciadora”, destacando realidades culturais que “passam despercebidas e são pouco valorizadas”.

Os percursos das visitas são, antecipadamente, preparados pelos técnicos dos serviços regionais da cultura, com a finalidade de “mostrar a diversidade cultural da região, dignificar os atores do saber-fazer tradicional, valorizar o território e provocar novas dinâmicas que ajudem o turismo e a economia locais”, adianta a direção regional.

O projeto “Alentejo, Patrimónios” vai concretizar-se através de visitas a oficinas e outros espaços de criação, além de promover o encontro entre protagonistas da cultura alentejana, dando a conhecer aos participantes, o que se faz e como se faz, para que as atividades artesanais possam ter futuro.

“Num território tão amplo, diverso e múltiplo como é o Alentejo, a atividade artesanal e os recursos naturais do território assumem uma importância extraordinária no tecido socioeconómico, que importa proteger e promover, com vista à sua sobrevivência e à sua continuidade”, sublinha a DRCAlen.

Por causa da pandemia, até ao final do ano, apenas estão programadas quatro visitas, com um número máximo de 14 participantes cada, com a garantia de cumprimento de todas as regras de segurança definidas.

A primeira visita acontece já no sábado dia 22, na vila de Alcáçovas, Viana do Alentejo, dedicada à arte chocalheira. A experiência-piloto prossegue, a 26 de setembro, com uma viagem temática em torno dos barros de Beringel, e a 3 de outubro, já em território do rio Mira, evidencia os cereais e molinagem.

A quarta e última visita de 2020, acontece a 17 de outubro, aos bonecos de Estremoz, o primeiro figurado do mundo a receber, em 2017, a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, com mais de 300 anos de história.

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