O arcebispo primaz de Braga, D. José Cordeiro, considera que é tempo de “romper o silêncio sobre o silêncio” sobre os casos de abuso no âmbito da Igreja Católica e de cuidar “com proximidade e compaixão” dos mais frágeis.

“Já passou também o tempo de romper o silêncio sobre o silêncio que existia relativamente a estes casos e com a proximidade, a compaixão e a ternura, como nos impele o Papa Francisco, dar continuidade a um trabalho que se vai consolidando ao serviço de todos, mas, sobretudo, dos mais vulneráveis”, disse o prelado, esta sexta-feira. à margem do encontro “Da proteção ao cuidado: compromisso das IPSS com uma cultura do cuidado” que reuniu dezenas de IPSS canónicas.

D. José Cordeiro garantiu que a Igreja está empenhada em “curar as feridas” e promover uma nova cultura nas instituições.

“Deste processo muito delicado, que nunca deveria ter acontecido na Igreja, mas que ao conhecê-lo, nós estamos a usar de tudo aquilo que nos é possível para minorar a dor e o sofrimento e sermos também estes curadores das feridas onde elas existam”, disse.

O arcebispo de Braga defende a necessidade de “uma nova cultura do cuidado integral da pessoa humana".

O encontro “Da proteção ao cuidado: compromisso das IPSS com uma cultura do cuidado”, organizado esta sexta-feira pela comissão de proteção de menores e adultos vulneráveis da Arquidiocese de Braga, foi a primeira ação de formação na área da proteção e do cuidado dirigida às IPSS canónicas da arquidiocese.