O bispo de Santarém considera “chocante” a legalização da eutanásia, aprovada esta sexta-feira no Parlamento.

Em declarações à Renascença, D. José Traquina defende que “a liberdade não pode ficar acima da vida” e que a lei que regula a morte medicamente assistida representa “uma teimosia ideológica que vai gerar medos e dúvidas.

D. José Traquina fala de “contrassenso” e diz não compreender por que razão “existe esta vontade de aprovar uma lei que promove a morte assistida” num contexto de “tantas mortes por Covid-19”.

O bispo de Santarém, que preside, também, à Pastoral Social e da Mobilidade Humana, lamenta que não tenham sido ouvidos os apelos de “milhares de pessoas, instituições de solidariedade, a União das Misericórdias, tantas pessoas a pedirem a revisão desta postura”.

O passo seguinte do diploma está nas mãos do Presidente da República e D. José Traquina espera Marcelo Rebelo de Sousa tome uma decisão que represente a maioria de portugueses que o reelegeu.

“Sendo ele contra, e tendo tido uma votação tão substancial para ser eleito, a sua palavra era suficiente para representar as pessoas que o elegeram e que o têm como Presidente… ele saberá como fazê-lo”, concluiu.

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