Um tribunal na Rússia condenou na passada quinta-feira seis membros da confissão religiosa Testemunhas de Jeová (TJ) por “extremismo”.

Trata-se do mais recente golpe do sistema judicial russo contra a religião, que foi banida na Federação Russa há três anos.

Segundo um porta-voz dos Testemunhas de Jeová, citado pelo site de língua inglesa “Moscow Times”, um tribunal distrital de Ulyanovsk, a 800 quilómetros de Moscovo, condenou cinco homens e uma mulher a penas suspensas por “atividade extremista”.

As penas a que foram condenados os fiéis daquela igreja, que têm entre 35 e 63 anos, variam entre os dois e os quatro anos.

“Estamos contentes por eles não terem sido condenados a penas efetivas” afirma Jarrod Lopes, o porta-voz dos TJ, “mas não deixa de ser uma enorme injustiça eles serem condenados simplesmente por professar pacificamente a sua fé cristã”.

Desde que a Rússia proibiu as atividades das cerca de 400 comunidades de TJ no país, em 2017, várias pessoas foram condenadas a penas suspensas e efetivas, incluindo muitos cidadãos estrangeiros e alguns da União Europeia.

A perseguição aos TJ insere-se num clima de crescente hostilidade para com membros de confissões minoritárias, num país onde a esmagadora maioria dos fiéis pertencem à Igreja Ortodoxa da Rússia. Uma medida legislativa em discussão proibiria a atividade de missionários treinados fora da Rússia, o que colocaria sérios entraves a várias confissões minoritárias, incluindo a Igreja Católica.

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