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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que está a estudar o porquê de haver pessoas que estão a morrer em casa e em instituições infetadas com Covid-19. “Estamos a avaliar e a estudar”, afirmou aquela responsável, na conferência de imprensa diária desta segunda-feira.

Sem ainda ter dados finais, Freitas considera que não é despiciendo as pessoas “terem a vontade de morrer em casa” tanto nesta como noutras doenças.

A mesma responsável chamou ainda a atenção para que “algumas destas pessoas têm outras morbilidades”. Apesar de considerar que não é um número muito elevado, sabe-se que existe e “temos de investigar e tentar perceber se isso derivou da vontade dos próprios ou de outro tipo de fatores".

Plasma de infetados usado em testes

Em relação à utilização do plasma de doentes recuperados da infeção do novo coronavírus, o ministério da Saúde avançou, esta segunda-feira, que queria começar os testes clínicos a partir de maio.

A ideia será criar uma "task-force para avaliar e validar o início dos ensaios clínicos". Neles vão participar “doentes moderados e graves, mas não muito graves, como muitas vezes tem sido transmitido para a opinião pública".

Estes ensaios clínicos serão feitos pela DGS, o Infarmed e o Instituto Ricardo Jorge. Vão participar doentes moderados e graves. Os casos muitos graves ficam de fora.

"Estamos a avaliar um conjunto de critérios e fatores, no que diz respeito ao consentimento informado mas também à tecnologia utilizada", disse o secretário de Estado da Saúde, António Sales Lacerda.

Deputados usam máscaras cirúrgicas

As indicações da DGS são de que a população em geral deve usar as máscaras comunitárias, mas há deputados a usar as máscaras que deviam estar disponíveis sobretudo para os profissionais de saúde.

Graça Freitas relembrou que não se pode “comprometer a necessidade maior, que é o seu uso por profissionais de saúde”.

Ainda assim, considera que se estão a ser usadas, “é porque o mercado tem capacidade de abastecer”. “Nós estamos a conseguir abastecer o mercado do SNS”, assegura.

“Mas que fique claro que não pode haver falta nestes setores”, remata a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.