Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS, revela à Renascença a prudência como os associados se estão a comportar depois de terem regressado de Itália, da MICAM, a maior feira de calçado do mundo.

"Antes de partirmos, a própria APICCAPS tinha transmitido ao universo dos seus associados e dos expositores um conjunto de cautelas e de informações veiculadas pela DGS. Da mesma forma, quando regressamos fazemos exatamente o mesmo: medimos a temperatura duas vezes por dia, procuramos evitar ao máximo exposição publica, temos alguns cuidados em matéria de higiene, lavando regularmente as mãos com líquido próprio. É isso que temos procurado fazer, naturalmente com alguma prudência, porque os tempos assim o exigem", explica.

A Direcção-Geral da Saúde confirmou esta segunda-feira um novo caso suspeito de coronavírus em Portugal, precisamente um homem que veio de Milão e que está internado no Hospital de São João, no Porto.

Paulo Gonçalves rejeita alarmismos, mas admite cautela entre a comitiva que esteve em Milão de 15 a 19 de fevereiro: “Mau seria se não tivéssemos alguns cuidados e não tivéssemos alguma cautela”.

“Estiveram na fileira do calçado centenas de empresários portugueses na semana passada no norte de Itália, em particular em Milão. Regressaram todos ainda a semana passada. Começaram a regressar uns na quarta, outros na quinta e outros na sexta. E aquilo que temos procurado fazer é tomar os cuidados mínimos. Sem alarmismos, mas naturalmente com cautela", lembra.

Noutro plano, o sector do calçado receia um forte impacto nas exportações por causa da crise que o coronavírus possa vir a provocar.