A consciência tranquila é um bem. E a consciência tranquila na vida pública é um bem maior, porque valioso e raro, tanto quanto o cidadão comum consegue percecionar.

Votada e chumbada na Assembleia da República a legalização da eutanásia, são muitas as centenas de homens e mulheres portugueses que podem dormir de consciência tranquila.

Fizeram tudo o que estava ao seu alcance para demonstrar aos deputados por eles eleitos que a eutanásia é um retrocesso civilizacional.

E que a vida humana é inviolável.

Que os cuidados paliativos não são uma mera necessidade, mas antes um direito de todos e para todos.

Com este resultado, é tempo de agradecer publicamente o esforço de tantos.

Mas também é tempo de exigir que o Estado prossiga o seu dever de esclarecer e sobretudo de cuidar da vida de cada cidadão.

A questão da eutanásia estará sempre na agenda política de alguns e lá voltaremos na primeira oportunidade que lhes for possível.

A resiliência na defesa da vida é, por isso mesmo, uma tarefa nunca acabada.

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