Não foi um daqueles dias de campanha para recordar. Apesar de a arruada em Santa Catarina, no Porto, não ter corrido mal, complicou-se quando, a dada altura, Assunção Cristas começou a ouvir quem se queixou de estar a sofrer ainda as consequências de políticas do anterior Governo, do qual a líder do CDS-PP fez parte.

“Vai-nos tirar (as pensões) como fez quando lá esteve com o Passos Coelho. Olhe as casas, o que a senhora fez aos velhotes”, referia uma portuense, com Cristas sempre a retorquir “Não, não, não…”

Outras queixas se seguiram, até que uma mulher tentou aproximar-se de Assunção Cristas.

“Muita letra é o que vocês têm”, gritou, aproximando-se cada vez mais da líder do CDS-PP, até que colocou as mãos em Cristas, como que a empurrá-la.

E aí, os militantes centristas responderam. Houve uma tentativa de agressão à mulher em causa por parte do número três da lista pelo Porto e líder da distrital, Fernando Barbosa, que depois a empurrou para fora do passeio.

“Mas está a empurrar quem?”, perguntou, à medida que os bombos da Juventude Popular, que acompanhou a arruada, tentava abafar o caso.

“São uns ladrões, todos, não se aproveita nada. Ela e eles todos. Nós estamos num país que está gente a morrer à fome!” As restantes palavras proferidas por esta mulher não são passíveis de transcrição.

O dia do CDS no Porto fica ainda marcado por outro incidente, mas político. Foi anunciado aos jornalistas que acompanham o CDS que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, estaria esta quarta-feira à noite num espetáculo na Casa da Música, junto com Assunção Cristas. O autarca fez um desmentido nas redes sociais e não vai marcar presença no concerto.