A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apresentou ao Governo um programa de emergência com 10 medidas, porque, segundo diz à Renascença a secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto,“o executivo não pode tratar de forma igual todas as empresas já que o turismo tem sido o sector mais afetado pela pandemia da Covid-19.

Neste programa de emergência, refere Jacinto, “constam propostas que já estão a ser aplicadas noutros países e que são urgentes para salvar postos de trabalho”.

Entre as medidas apresentadas está “uma redução temporária do IVA, um incentivo não reembolsável para micro, pequenas e medidas empresas, a extensão do layoff simplificado até ao final do próximo ano, a dinamização do consumo, isenção da TSU e partilha de risco com os senhorios no valor das rendas”.

“É preciso uma campanha séria de dinamização do consumo, porque como sabemos não temos clientes nos nossos estabelecimentos”, argumenta.

Esta responsável chama ainda a atenção para o facto de “existirem actividades que estão encerradas há mais de oito meses e há indicação que muitas mais vão fechar até ao final do ano”.

“É uma situação dramática aquela que estamos a viver, o desemprego vai ser assustador”, refere Ana Jacinto.

Só com a implementação de novas regras, diz a AHRESP, é que será possível responder ao impacto das medidas mais pesadas que amanhã entram em vigor em 121 concelhos.

Segundo o inquérito mensal realizado pela AHRESP, relativo ao mês de outubro, 43% das empresas de restauração e bebidas e 19% das empresas do alojamento turístico assumem que vão avançar para insolvência. O mesmo inquérito revela que 45% das empresas de restauração e 25% no alojamento turístico já efetuaram despedimentos após a declaração do estado de emergência.