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Myanmar. “O sofrimento atingiu um ponto crítico”, diz fundação AIS

21 nov, 2023 - 09:04 • Olímpia Mairos

Número cada vez mais elevado de civis procuram refúgio nas igrejas como abrigo seguro, mas há relatos de incidentes no interior de lugares sagrados, tendo mesmo algumas igrejas sido transformadas em zonas de conflito e instituições religiosas evacuadas à força.

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A presidente-executiva internacional da Fundação AIS, Regina Lynch, mostra-se preocupada com a onda de violência em Myanmar (antiga Birmânia).

“Tivemos conhecimento de fortes ataques em várias dioceses. Ultimamente tem-se assistido a uma escalada significativa da violência e das deslocações”, refere a responsável.

Após a recente ofensiva coordenada, conhecida como Operação 1027, que teve início no estado de Shan, os combates intensificaram-se em várias áreas, incluindo a região de Sagaing e os estados de Chin e Kayah, provocando violência e deslocações generalizadas.

A presidente executiva da fundação pontifícia recorda que “ao longo dos últimos três anos de guerra civil, a Igreja tem estado ao lado da população, que enfrentou a destruição de numerosos locais de culto e a deslocação de aldeias inteiras”.

Regina Lynch diz ainda que “esta nova espiral de violência exige que nos lembremos com nova urgência dos nossos irmãos e irmãs nesta região do mundo remota e muitas vezes esquecida”.

“Por favor, não nos esqueçamos de rezar por Myanmar”, pede a responsável, sinalizando que “entre os muitos conflitos que existem atualmente no mundo, a população de Myanmar sente-se sozinha no meio do seu sofrimento, por isso a nossa solidariedade é um farol de luz na escuridão que está a enfrentar”.

Segundo Regina Lynch, o sofrimento atingiu um ponto crítico, “levando um número cada vez mais elevado de civis a procurar refúgio nas igrejas como abrigo seguro, mas, lamentavelmente, surgiram relatos de incidentes angustiantes no interior de lugares sagrados, tendo mesmo algumas igrejas sido transformadas em zonas de conflito e instituições religiosas evacuadas à força”.

“Em diferentes locais, foram registados danos colaterais nas propriedades da Igreja, o que aumenta a gravidade da situação”, realça.

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