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EFACEC. PSD quer mais explicações do ministro da Economia e do primeiro-ministro

01 nov, 2023 - 17:58 • Filipa Ribeiro , Daniela Espírito Santo

Também a Iniciativa Liberal se pronunciou sobre as declarações de António Costa e Silva.

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O ministro da Economia anunciou, esta terça-feira, novidades no processo de venda da EFACEC e falou de um "dia feliz", mas o PSD não tem a mesma opinião. O partido da oposição já reagiu, considerando que não se sabe para quem é que hoje é um dia feliz, mas que não será, "seguramente, para os contribuintes portugueses”.

À Renascença, o presidente do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, recorda que entre o valor que foi já colocado pelo Estado e o que ainda vai ser investido a propósito da venda (160 milhões de euros), foram colocados no total 400 milhões de euros do dinheiro dos contribuintes na EFACEC, que vai passar para um grupo privado.

“Quando foi nacionalizada em 2020 o único argumento do Governo era os problemas legais da acionista Isabel dos Santos que impediam a EFACEC de conseguir financiamento. O Governo disse, inclusive, que, no prazo de um ano, voltaria a vender a empresa e arranjaria um acionista que não tivesse problemas legais e não foi nada disso que aconteceu", reforça.
"Portanto, o primeiro-ministro tem que explicar ao país por que é que em 2020 nacionalizou, porque é que disse que a nacionalização resultava dos problemas da acionista e não era apenas por causa disso, como agora já confirmamos – a empresa estava falida”, diz Joaquim Miranda Sarmento.
O líder parlamentar social-democrata sublinha que é necessário compreender por que é que "foram gastos 400 milhões de euros dos contribuintes" numa empresa que vai ser entregue ao privado.

Para Joaquim Miranda Sarmento, as explicações hoje apresentadas em conferência de imprensa nada dizem sobre o que vai acontecer, pelo que o PSD vai chamar o ministro da Economia ao Parlamento com urgência, sublinhando que o primeiro-ministro é, no entanto, o principal responsável.

Iniciativa Liberal. Rui Rocha fala em "enorme sorvedouro"

Também o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, se pronunciou, esta quarta-feira, sobre o mesmo assunto. Através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), o presidente da IL diz que "o Governo de António Costa enterrou 400 milhões de euros nos contribuintes na EFACEC", entre "injeção direta, suprimentos e obrigações".

"É mais um enorme sorvedouro do nosso dinheiro, apadrinhado pelos socialistas", refere.

"Se considerarmos os 180 milhões de euros para capitalização e outros programas avulsos, podemos chegar, com boa vontade, a 300 milhões canalizados para as empresas no Orçamento do Estado para 2024. António Costa pôs mais 100 milhões numa única empresa do que prevê no Orçamento do Estado para toda a economia durante um ano", exemplifica.

"Ainda assim, o ministro da Economia diz que hoje é um dia feliz. Não quero imaginar o tamanho do desastre finceiro que seria necessário para tirar o sorriso a António Costa e Silva", remata.

[notícia atualizada às 21h17 de 1 de novembro de 2023]

Comentários
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  • ze
    01 nov, 2023 aldeia 19:31
    Mais um grande negócio destes "governantes" o povo paga tudo,.....

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