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Mensagem de Natal

Bispo de Viseu desafia a “construir o Natal da Paz e da Esperança”

21 dez, 2023 - 09:16 • Olímpia Mairos

Na mensagem natalícia, D. António Luciano defende que é preciso “aproximar a nossa vida dos outros, com respostas concretas aos desafios e problemas, que emergem da solidão, do medo e do isolamento” e “criar comunidades fraternas, vivas e solidárias, capazes de fortalecer o diálogo social e a alegria contagiante de estarmos todos juntos na mesma barca”.

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O bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, alerta que “é preciso construir o Natal da Paz e da Esperança”, assinalando que “o Natal é sempre a festa da vida e do encontro com Jesus, o Salvador do mundo”.

“Peço a Jesus, o ‘Príncipe da Paz’, para conceder a todos o amor, a justiça e a paz!”, escreve na mensagem natalícia.

O prelado convida “os sacerdotes, os diáconos, os religiosos, os consagrados, as famílias, os agentes da pastoral e os jovens a serem profetas da alegria, da esperança, da consolação, da justiça, do amor e da paz para anunciarem ao mundo de hoje, Jesus Cristo, centro e o fundamento das ‘Raízes da Alegria’, que todos somos chamados a ser e a viver. Só Jesus Cristo é a verdadeira fonte e raiz da nossa vida”.

O responsável da Diocese de Viseu pede a todos que “contemplando o nascimento de Jesus e o de tantas crianças em ambientes de fragilidades, de vulnerabilidades, de dificuldades e de perseguições atravessando os mares e os desertos” proclamem o valor “inviolável da vida”.

Na mensagem de Natal, D. António Luciano convida os seus diocesanos a “caminhar ‘todos juntos’, valorizando a festa do Natal de Jesus”, acolhendo a vida “como dom de Deus, na expressão de saber dar-se com gratuidade aos que mais precisam” e dialogando com todos os seres humanos “fechados em labirintos de consumismo, de indiferença e perdidos em tantas encruzilhadas da vida com sinais de morte”.

Comunidades fraternas, vivas e solidárias

Na visão do bispo de Viseu é ainda preciso “aproximar a nossa vida dos outros, com respostas concretas aos desafios e problemas, que emergem da solidão, do medo e do isolamento, tecendo fios novos de vida, que ajudem a conhecer e a compreender o mundo em que vivemos” e “criar comunidades fraternas, vivas e solidárias, capazes de fortalecer o diálogo social e a alegria contagiante de estarmos todos juntos na mesma barca”.

O prelado diz também que é fundamental “fortalecer o dinamismo pastoral na esperança e no compromisso com todos os que são chamados à fé e ao testemunho” e “desafiar para o caminho sinodal a participação de todos, envolvendo os batizados num processo de renovação, que leve a Igreja a ser uma verdadeira ‘Assembleia Sinodal’, de modo que ninguém fique de fora”.

Para o bispo de Viseu é necessário também “cuidar das pessoas com amor, misericórdia, compaixão e resiliência, consolando os pobres, os doentes, os frágeis, os abatidos, os indiferentes, os presos, os migrantes, os refugiados, os marginalizados e os excluídos da sociedade de hoje, envolvendo-os no mistério cristão do Natal”.

“Integrar as gerações mais jovens, continuando o espírito e o trabalho da JMJ nas nossas paróquias de modo a chamar os que andam dispersos e desanimados ao caminho da vida, da paz, da reconciliação e do perdão” e “servir as pessoas e as comunidades que nos estão confiadas, sem medo, sem complexos, sem receios, mas com empatia e espírito de compaixão”, são outros dos caminhos apontados.

“Sejamos testemunhas do verdadeiro Natal de Jesus”

“O mundo esfacelado em que vivemos, envolvido nas suas dores, gemidos e medos, cresce no ateísmo, na indiferença, na fome, na pobreza, na guerra, nos conflitos e nas injustiças humanas e sociais, que destroem a humanidade e ofuscam o verdadeiro sentido da vida”, assinala D. António Luciano, desejando que “o Senhor nos conceda um Natal de alegria, de esperança e de paz para sermos mais irmãos, mais solidários e pessoas queridas e amadas por Deus em todas as circunstâncias da nossa vida”.

Quase a finalizar, o prelado convida a “construir e a contemplar o Presépio com fé, oração e silêncio, adorando Jesus, como Maria e São José” e a sermos “todos construtores do verdadeiro Natal cristão, colocando Jesus, a ‘Raiz da nossa Alegria’, no centro das nossas vidas”.

“Olhemos para todos aqueles que não têm alegria para celebrar o Natal, os perseguidos, os refugiados, os sem abrigo, os migrantes, os que vivem sozinhos, em cenários de guerra, de violência, de opressão e de perseguição até à própria morte”, pede.

Por fim, D. António Luciano pede que “sejamos testemunhas do verdadeiro Natal de Jesus, com sentimentos de verdadeiro humanismo, e valores assentes na família e na fé” e que “façamos surgir no mundo Presépios inspirados na ternura de Jesus, no silêncio orante de São José, e na alegria interior de Maria, a Mãe de Jesus, o Salvador que nasceu para nos salvar”.

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