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Faixa de Gaza. Criança que pediu ajuda há 12 dias foi encontrada morta

10 fev, 2024 - 19:42 • Ricardo Vieira, com Reuters

Hind Rajab foi encontrada morta juntamente com cinco membros da sua família e dois paramédicos que a tentaram salvar.

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O corpo de uma menina palestiniana de seis anos, que tinha pedido ajuda há 12 dias, foi encontrado este sábado pelos familiares, na Faixa de Gaza.

Hind Rajab foi encontrada morta juntamente com mais cinco membros da sua família e dois paramédicos que a tentaram salvar.

O Crescente Vermelho da Palestina acusa Israel de atacar propositadamente a ambulância enviada para resgatar a criança e os restantes familiares.

Hind Rajab passou várias horas ao telefone com os serviços de emergência a pedir ajuda, com o som de disparos em pano de fundo.

“Os ocupantes visaram deliberadamente a equipa do Crescente Vermelho, apesar de ter existido coordenação para permitir que a ambulância chegasse ao local para salvar Hind”, refere a associação de socorro humanitário, em comunicado.

As forças armadas de Israel ainda não reagiram a este caso.

A criança, acompanhada pela tia, o tio e três primos tentavam fugir da cidade de Gaza, quando terão sido apanhados no meio de fogo de blindados israelitas.

Em excertos de áudios de uma conversa telefónica entre Hind Rajab e os serviços de emergência, a criança parecia ser a única pessoa viva dentro da viatura, escondida entre os cadáveres dos familiares.

O seu pedido de ajuda por telefone, há 12 dias, foi abruptamente interrompido por entre o som de disparos de armas de fogo. Os serviços de emergência só este sábado conseguiram chegar àquela parte de Gaza.

A guerra começou a 7 de outubro do ano passado, quando combatentes do Hamas atacaram Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 253 reféns, de acordo com o governo israelita.

Desde então, os militares de Israel invadiram grande parte da Faixa de Gaza, num conflito que matou quase 28 mil pessoas, segundo as autoridades palestinianas.

Comentários
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  • Sara
    10 fev, 2024 Lisboa 22:56
    Para sempre a vergonha de uma guerra fabricada , elevando a ilusão de que matar é normal

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