Jogos Olímpicos

À segunda maratona da carreira, Susana Godinho subiu às nuvens

04 dez, 2023 - 18:05 • Inês Braga Sampaio

A atleta portuguesa, do Recreio de Águeda, conseguiu os mínimos olímpicos em Valência, ao tirar três minutos ao recorde pessoal. Em Paris, quer ganhar ainda mais tempo.

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Susana Godinho correu a primeira maratona da carreira em fevereiro. Em novembro, fez a segunda - e conseguiu os mínimos para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Foi em Valência, no domingo, que a atleta do Recreio de Águeda, de 31 anos, parou o cronómetro nas 2:25:35 horas, menos um minuto que a marca exigida. Em entrevista à Renascença, Susana admite ainda não ter caído em si, depois de ter feito história pessoal numa corrida a que ia principalmente para fazer marca.

"Ainda me custa acreditar um bocadinho que consegui esse feito, porque eu sabia que os mínimos eram exigentes e, como era a minha segunda maratona, o grande objetivo era mesmo bater o meu recorde pessoal. Consegui correr muito mais rápido do que tinha pensado correr, o que por si só é fantástico. Estou muito contente. Ainda estou um bocadinho nas nuvens, porque ainda não acredito mesmo que tenha acontecido", reconhece.

Apesar da surpresa, Susana Godinho não esconde que as Olimpíadas eram um sonho: "Toda a gente sonha ir aos Jogos Olímpicos e eu não sou exceção. Conseguir a marca de qualificação direta é fantástico."

Com a mira apontada a Paris 2024, Susana define como meta "bater o recorde pessoal, se possível", e apresentar-se "numa condição física ainda melhor do que em Valência".

"O objetivo, agora, é trabalhar para um bom recorde pessoal em Paris", vinca.

Apanhar Rosa é sonho, mas "uma coisa de cada vez"


Susana tirou três minutos ao máximo pessoal e ficou a outros dois do recorde nacional, estabelecido por Rosa Mota em 1985, na maratona de Chicago.

Nesta entrevista a Bola Branca, a atleta mantém os pés no chão, embora admita o sonho de, pelo menos, aproximar-se da marca histórica da campeã olímpica em Seul 1988: "Claro que sim, o objetivo dos atletas também passa por aí, bater recordes nacionais."

"O recorde nacional da maratona é muito exigente e ainda ninguém conseguiu batê-lo, mas claro que eu gostava de me aproximar. Mas uma coisa de cada vez, porque é a minha segunda maratona e, para já, não penso em bater o recorde nacional. Fui para a maratona sempre com o objetivo de fazer melhor do que na anterior e isso já me deixa muito satisfeita", salienta.

No atletismo, metade das vagas são atribuídas por ranking e as restantes por mínimos, pelo que só a 30 de junho de 2024 se saberá a lista definitiva de apurados para os Jogos Olímpicos de Paris.

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