A+ / A-

Nicarágua

ONU saúda "com alívio" libertação de bispos e padres e pede “fim à perseguição religiosa”

17 jan, 2024 - 11:00 • Olímpia Mairos

Na terça-feira, as autoridades da Nicarágua prenderam mais um sacerdote e cancelaram o estatuto jurídico de nove ONG cristãs.

A+ / A-

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos saudou “com alívio” a libertação da prisão dos bispos D. Rolando Álvarez e D. Isidoro Mora, de quinze sacerdotes e dois seminaristas na Nicarágua e pediu o “fim da perseguição religiosa” no país.

O escritório da ACNUDH para a América Central e o Caribe lembra, no entanto, em comunicado, que “a detenção e expulsão de indivíduos por terem exercido os seus direitos fundamentais à liberdade de religião e à liberdade de expressão constituem uma violação dos princípios fundamentais dos direitos humanos, consagrados nos artigos 18.º e 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos”.

Para a ONU, o silenciamento da Igreja Católica, dos defensores dos direitos humanos, da sociedade civil e de qualquer voz suspeita de ser crítica “é incompatível com a construção de uma sociedade justa e de uma coexistência pacífica tão desejada pelos nicaraguenses”.

“Instamos o governo da Nicarágua a acompanhar este gesto [a libertação de bispos e padres] com ações que garantam o pleno respeito pela liberdade de expressão, liberdade religiosa e direitos humanos no país”, lê-se na nota.

De acordo com a agência de notícias SIR, que cita o site independente Despacho 505, na última terça-feira as autoridades da Nicarágua prenderam o padre Ezequiel Buenfil, reitor do “Convento San Juan Neumann de Chinandega”, na diocese de León, e cancelaram o estatuto jurídico de nove ONG cristãs enquanto sete optaram pela “dissolução voluntária” para evitar o confisco dos seus bens.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+