30 set, 2013 - 14:39
O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, vai reunir-se esta segunda-feira com o presidente do país, Giorgio Napolitano, na sequência das cinco demissões anunciadas no sábado por parte de ministros da coligação do Governo.
Os cinco pertencem ao Partido Povo da Liberdade, do antigo líder italiano Sílvio Berlusconi.
O presidente italiano já afirmou que não quer novas eleições, já que o governo de Enrico Letta está em funções há apenas sete meses.
Enrico Letta vai apresentar, na quarta-feira, uma moção de confiança no Parlamento. "Avaliámos uma situação muito complicada e decidimos ir ao Parlamento o mais brevemente possível", explicou numa mensagem televisiva.
"Tenho a intenção de governar a qualquer custo. Não pedirei confiança por três dias e para recomeçar como antes, mas para ir em frente e aplicar um programa. Senão, daí retirarei as devidas consequências", disse o chefe do Executivo.
Silvio Berlusconi, confrontado com uma provável expulsão próxima do Senado, depois da sua condenação a uma pena de prisão por fraude fiscal, pediu aos cinco ministros do seu partido, o Povo da Liberdade (PdL) para apresentarem a demissão.
Estas saídas consecutivas constituem "uma opção que mina um dos principais pilares da democracia, em virtude do qual uma minoria não pode fazer dissolver um parlamento pela sua própria demissão", argumentou Letta.
"Honestamente, deixei de perceber o sentido das posições do PdL. O melhor é ir ao parlamento e apresentar a moção de confiança", sustentou, precisando que a votação incidirá sobre "o que é necessário fazer, a partir do colectivo orçamental, para que em 2014 sejam obtidos os resultados que penso estão ao nosso alcance".