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Mortágua diz que eleitores "ficaram vacinados" com sondagens nas eleições de 2022

02 fev, 2024 - 16:02 • Lusa

A coordenadora do BE lembra que as sondagens "se enganaram" nas últimas legislativas e defende que "a procissão ainda vai no adro" quanto ao próximo ato eleitoral, de 10 de março.

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A coordenadora do BE considerou esta sexta-feira que os "eleitores em Portugal ficaram vacinados com o que aconteceu" com as sondagens nas últimas legislativas e que, quanto às eleições de 10 de março, "a procissão ainda vai no adro.

Mariana Mortágua esteve esta manhã reunida com um grupo de economistas para debater a prioridade da política económica para Portugal e foi questionada pelos jornalistas sobre a sondagem SIC/Expresso divulgada esta sexta-feira segundo a qual o Chega subiu e já atinge os 21%, havendo uma estagnação do PS e da AD, com BE e IL a terem ambos 5%.

"Sobre as sondagens, gostaria de dizer uma coisa: o país sabe o que aconteceu com as sondagens nas últimas eleições e, portanto, acho que aprendemos todos que as sondagens valem o que valem, como se diz", começou por responder.

Para a líder do BE, "os portugueses e os eleitores em Portugal ficaram vacinados com o que aconteceu nas últimas eleições e sobre o papel das sondagens".

"Sabemos o que aconteceu nas últimas eleições e como as sondagens se enganaram", recordou.

A uma semana das legislativas de 2022, que o PS acabou por ganhar com maioria absoluta, sondagens chegaram a dar o PSD à frente dos socialistas.

"A segunda nota é que a procissão ainda vai no adro e o Bloco de Esquerda está aqui, está muito comprometido a construir uma maioria em Portugal, uma maioria política capaz de virar esta página de maioria absoluta, capaz de pensar o que é uma economia de altos salários, uma economia digna, um país capaz de resolver o principal problema que tem, que é o acesso ao SNS, o problema da habitação", enfatizou ainda.

A líder bloquista mostrou-se convicta que "essa maioria vai existir e que no dia a seguir às eleições, Portugal terá uma maioria capaz de ter um acordo que garanta não só a estabilidade ao país, mas também a capacidade de resolver problemas que se arrastam há demasiado tempo".

"E dar um horizonte de esperança e de melhoria da qualidade de vida para todos os portugueses, para quem vive em Portugal, para a maioria da população. É por isso que estamos a trabalhar e vamos ganhar essa batalha e estamos convictos disso", acrescentou.

Criticas à governação de direita nos Açores

Sobre as eleições nos Açores deste fim de semana e a possibilidade de influenciar os resultados das legislativas, Mortágua considerou que "as eleições são necessariamente diferentes e cada eleição tem as suas dinâmicas próprias".

"Acho que é sempre errado fazer colagens, extrapolações ou previsões com base em outros processos eleitorais", ressalvou.

No entanto, a situação dos Açores deve deixar o eleitorado consciente de duas situações.

"Que uma governação de maioria de direita nos Açores, o que deu é uma economia mais pobre, com mais pobres, de facto, um aumento muito substancial da pobreza, apesar de haver mais riqueza, o que quer dizer que há mais desigualdades e uma distribuição inédita de lugares e nomeações no estado", referiu.

Segundo a líder do BE, o Governo Regional dos Açores "bateu todos os recordes de nomeações e distribuição de lugares, 8 milhões de euros", ironizando tratar-se de "uma indústria em desenvolvimento nos Açores, pelas mãos do Governo da direita".

"A segunda coisa que sabemos sobre o Governo dos Açores da direita é que o PSD não faz acordos com o Chega até o dia em que faz acordos com o Chega e essa é uma lição que não esquecemos", enfatizou.

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