Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Ucrânia. Borrell exorta países da UE a mobilizar mais defesa aérea e munições

22 abr, 2024 - 09:35 • Lusa

Ministros europeus vão ainda tentar acordo político para alargar as sanções europeias ao Irão.

A+ / A-

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) exortou esta segunda-feira os Estados-membros a enviaram mais sistemas de defesa aérea e munições para a Ucrânia, esperando também 'luz verde' para alargar as sanções ao Irão pelos ataques a Israel.

"Temos de colocar a tónica na capacidade de os Estados-membros da UE aumentarem o apoio à Ucrânia. Foram feitos vários avisos, foram enviadas cartas a pedir-lhes que vejam o que podem fazer [porque] precisamos de [enviar] mais munições e mais lançadores, [...] de fornecer intercetores para as baterias que já existem e aumentar o número de baterias e vamos ver o que os Estados-membros são capazes de fazer e mobilizar", disse Josep Borrell.

À entrada para a reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, no Luxemburgo, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança acrescentou: "Em Bruxelas não o temos, têm de ser os Estados-membros".

As declarações surgem depois de, na semana passada, Josep Borrell ter enviado uma carta aos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE pedindo-lhes mais sistemas de defesa aérea e mais munições para a Ucrânia.

"Trabalhamos para a Ucrânia todos os dias, não o fazemos só quando existem Conselhos. Preparamos decisões, informamos os Estados-membros, analisamos a situação, apresentamos pedidos sobre o que podem fazer [...] e hoje [segunda-feira] é o dia de os Estados-membros verem o que podem fazer", adiantou.

Na reunião desta segunda-feira, os ministros vão ainda tentar um acordo político para alargar as sanções europeias ao Irão.

"Espero que todos os Estados-membros concordem, mas como sabem é necessária unanimidade", assinalou Josep Borrell, observando que, no Médio Oriente, "a situação em Gaza continua exatamente a mesma coisa" e que a UE necessita ainda de "voltar a olhar para a situação dos colonos violentos israelitas".

"Espero que seja possível tomar algumas decisões", adiantou.

Já quando questionado sobre uma eventual revisão (pedida por Espanha e Irlanda) do Acordo de Associação UE-Israel, o principal instrumento jurídico que rege as relações bilaterais entre os dois parceiros em vigor desde 2000, Josep Borrell disse que "ainda nada avançou do lado da Comissão" e que, do seu lado, está a tentar ter "orientação política" para o avaliar.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE reúnem-se esta segunda-feira no Luxemburgo para tentar um acordo político para alargar as sanções contra o Irão, discutindo ainda o pedido ucraniano para sistemas de defesa antiaérea.

Na sequência do recente ataque do Irão contra Israel e após a intenção inicial manifestada numa reunião extraordinária sobre a situação no Médio Oriente na semana passada, os ministros da UE tentam esta segunda-feira um acordo político para sancionar os mísseis iranianos e alargar as medidas restritivas contra indivíduos e entidades iranianas responsáveis pela transferência de 'drones' (aeronaves não tripuladas).

No que toca à Ucrânia, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE vão discutir os recentes pedidos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que os aliados reforcem o envio de sistemas antiaéreos para o país se proteger dos ataques russos.

Kiev tem pedido a estes aliados, nomeadamente à UE, apoio semelhante ao que tem sido dado a Israel, depois de os Estados Unidos, em coordenação com a França e o Reino Unido, terem repelido o recente ataque com cerca de 300 'drones' e mísseis iranianos.

A reunião desta segunda-feira no Luxemburgo decorre no auge do debate sobre o reforço do apoio à Ucrânia contra ataques russos às suas cidades e infraestruturas críticas.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+