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Gouveia e Melo não está arrependido de levantar tema do Serviço Militar Obrigatório

03 abr, 2024 - 11:35 • Lusa

Como tinha dito à Renascença, o almirante defende que é preciso um novo modelo de Serviço Militar Obrigatório, em vez do regresso do que estava em vigor até 2004.

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O Chefe do Estado-Maior da Armada rejeitou esta quarta-feira estar arrependido de ter levantado o tema do Serviço Militar Obrigatório (SMO).

"Como militar não me arrependo de falar sobre os assuntos que implicam com a Defesa do país, da Europa, e com dois pilares essenciais que são a NATO, que é a nossa soberania, e a União Europeia, que é a nossa prosperidade. E isso hoje está tudo em jogo", disse, aos jornalistas, na Base Naval de Lisboa, em Almada.

Como já tinha dito à Renascença, o almirante Gouveia e Melo reiterou que modelos antigos do SMO não iriam resultar e que é necessário uma "nova resposta" consensual entre o poder político e a sociedade para mobilizar população em situações limite.

O almirante defendeu que, através do artigo de opinião que publicou no semanário Expresso no passado dia 28 de março, tentou "alertar para um perigo iminente".

"Todos nós sabemos, e julgo que é público, que há uma escassez de pessoal nas Forças Armadas e sobre isso nós temos que tentar resolver, não é com recrutamento obrigatório como se tem falado. Mas isso é um problema. Depois há outro problema que é a capacidade de mobilizarmos rapidamente a população para nos defendermos em caso de necessidade extrema", distinguiu.

Na opinião do chefe militar da Armada, "o poder político e os militares, no tempo certo, discutirão qual é a melhor forma de o fazer".

"Mas certamente haverá fórmulas, outros países já estão a testar novas fórmulas, portanto, é uma questão de tempo, inteligência e de vontade, essencialmente vontade, de resolver um problema que está às nossas portas", sublinhou.

"No passado, se me perguntassem se eu concordava com o SMO quando as nossas ações eram mais expedicionárias e não havia uma guerra na Europa e uma guerra convencional, que é uma agressão violentíssima, eu diria que não. Por isso, temos que nos adaptar à realidade e a realidade é que há uma agressão na Europa que pode pôr em causa a nossa forma de estar como nós a concebemos hoje", acrescentou.

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