Salário mínimo, pensões, abono de família. Como vai ser em 2024?

29 dez, 2023 - 06:30 • Sandra Afonso

Numa altura em que começou a contagem decrescente para o novo ano, as famílias portuguesas podem esperar atualizações em alguns dos salários e prestações sociais. Saiba o que vai mudar em 2024.

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A entrada em 2024 é sinónimo de mudanças nos salários e prestações sociais que milhões de portugueses recebem. Saiba o que vai mudar a partir de 1 de janeiro.

O Salário Mínimo Nacional (SMN) sobe 60 euros ou 7,9% em 2024, para 820 euros. É o “maior aumento de sempre”, segundo o Governo de António Costa, e abrange mais de 800 mil trabalhadores.

Em 2024 sobe também o mínimo de existência, passa para 11.480 euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado. Desta forma, fica garantido que quem ganha o salário mínimo continua isento de IRS.

Para os funcionários públicos, os aumentos salariais vão depender de quanto estão a ganhar e podem ir de 6,8% a 3%. O executivo garante que ficam acima da inflação média de 2023.

No privado, cada empresa decide como remunera os funcionários. Ainda assim, segundo o acordo assinado entre os parceiros sociais, o referencial é de 5% e alguns incentivos fiscais dependem destes aumentos.

A atualização das pensões vai seguir a fórmula de cálculo prevista na lei, que tem em conta a inflação e o crescimento da economia. Contas feitas, em 2024 vão subir 6% (até 1.018 euros), 5,6% (entre 1.018 euros e 3.055 euros) ou 5% (entre 3.055 euros e 6.111 euros). As restantes ficam congeladas.

Quem recebe apoio do Estado também pode contar com um reforço em 2024, todos os apoios sociais foram revistos em alta. O Indexante de Apoios Sociais (IAS) conta com mais 30 euros, passa para 509,26 euros.

O abono de família aumenta 22 euros por mês, em todos os escalões. Para as famílias monoparentais a subida é de, pelo menos, 33 euros, porque contam ainda com uma majoração de 50%.

Quem está no subsídio de desemprego passa a receber, no mínimo, 587 euros (mais 33 euros), até um limite de 1.275 euros (mais 75 euros). Foi ainda reforçado o subsídio social de desemprego.

O Complemento Solidário para Idosos conta com mais 62,44 euros mensais, passa a rondar os 750 euros. A assistência de terceira pessoa fica em 122,90 euros.

As prestações por deficiência e dependência passam a ser de 71,10 euros para titulares até aos 14 anos, 103,56 euros dos 14 aos 18 anos e de 138,61 euros entre os 18 e os 24 anos.

O valor mínimo diário do subsídio de doença passa de 4,8 euros, para 5,09. O subsídio de morte sobe para 1527,78 e o subsídio de funeral fica em 254,63 euros.

Comentários
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  • Maria Augusta
    31 dez, 2023 Porto 11:10
    Não tendi os aumentos da reforma quem recebe 738euros quanto é que vai receber só falam quem recebe muito e os apoios são só migalhas sabem porque o custo de vida sobui muito só quem não percebeu isso são aqueles que ganham muito sem fazer nada eu quero trabalhar ninguém me mete por causa da minha idade 59anos isso é que é e depois os governantes não têm vergonha mandar pessoas 63anos para a escola é para dizer que desemprego desceu só mentiras é que falam ainda por cima curtaram me quase tudo não me ajudam quase nada só rsi uma esmola e eu descontei para segurança social muito anos agora preciso de ajuda cortam me...
  • Ursula Pulquerio
    31 dez, 2023 Almada 09:19
    Haverá algum de 90 euros como foi em 2023?
  • Fernando Manuel Duar
    30 dez, 2023 Rio de Mouro 15:48
    Quem se reformou em 2023-01-01 nem 1 cêntimo recebe. Muio bem sra. ministra, assim sim, é gerir a SS. Por 1 dia fico sem 5,65% de aumento para 2024 e futuros cálculos. Serei conhecido como o triste pensionista lixado do ano de 2023. Hoje, e no futuro, lá ficarei a lembrar-me do meu aumento zero em 2023 quando forem feitos os cálculos futuros. Num ano atípico, em que as reformas aumentam 6% ou pouco menos, para suprir o horror da inflação de 2023, quem teve a "sorte" de se reformar em 2023 leva zero. E pior, quem teve a grande sorte de se reformar no dia 1 de janeiro de 2023, por 1 dia, leva um "cabeçudo". Linda gestão da vida das pessoas deste país.
  • J. Almeida Lopes
    29 dez, 2023 Porto 17:15
    Já dizia o "sábio": «Quem pouco ganha não perde nada».

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