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Lisboa. Irmandade da Misericórdia e de S. Roque celebra missa pelos que morreram sós

16 out, 2019 - 06:57 • Ana Lisboa

A iniciativa enquadra-se na celebração do Dia Internacional da Erradicação da Pobreza e dos Sem Abrigo.

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Há 13 anos que a Irmandade da Misericórdia e de S. Roque mantém a tradição: celebrar uma missa por todos os que morreram sozinhos em Lisboa e que foram acompanhadas por esta associação que se dedica à prática das Obras de Misericórdia Espirituais.

“Há pessoas que morrem na cidade de Lisboa na rua, nos hospitais, em quartos particulares ou pensões, às vezes algumas no rio”, assinala Mário Pinto Coelho, o Irmão Provedor.

A missão que a Irmandade assume é, precisamente, fazer os funerais de quem não tem ninguém e “dar a esses funerais a dignidade” que merecem ter. No último ano, foram acompanhados mais de 120 funerais de pessoas que morreram sós.

"São sempre acompanhados por um “sacerdote que faz a encomendação do defunto até uma capela do cemitério. Depois, acompanhamos também até à última sepultura, levando um ramo de flores que depositamos na campa”, explica.

As despesas ficam a cargo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que “tem a responsabilidade de custear o funeral, cumprindo, assim, uma Obra de Misericórdia que é enterrar os mortos”.

A missa por esta intenção vai ser na quinta-feira, 17 de Outubro, o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza e dos Sem Abrigo.

A celebração está marcada para as 18h30 na Basílica de Nossa Senhora dos Mártires e é antecedida da oração do terço. Será presidida pelo bispo auxiliar de Lisboa D. Américo Aguiar.

Na cerimónia serão evocados os nomes de todos os que partiram e que foram acompanhados pela Irmandade.

Isso vai acontecer “na altura da Oração dos Fiéis, em que evocamos o primeiro nome de cada um”. A própria Igreja será decorada com “umas flâmulas com o primeiro nome de cada uma dessas pessoas que acompanhámos”.

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