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Médio Oriente

Um mapa para entender a guerra entre Israel e Hamas

12 out, 2023 - 19:35 • Salomé Esteves com Reuters

Desde sábado, depois da incursão do Hamas, Israel retaliou e impôs um "cerco total" a Gaza. Há milhares de mortos e feridos. Mas que troca de ataques foi feita no processo? E que cidades foram afetadas?

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O ataque do grupo palestiniano Hamas que espoletou a declaração de guerra e intensificou o cerco à Faixa de Gaza por parte de Israel teve início no sábado, 7 de outubro. A partir das 6h30 da manhã o Hamas atacou por ar, terra e mar várias cidades israelitas.

O grupo comunicou ter disparado cerca de 3.000 rockets, enquanto as forças israelitas falam de 2.500 disparos. Cinco tipos de mísseis foram utilizados no ataque.

Os mísseis atingiram cidades como Sderot, a 10 quilómetros da fronteira com a Faixa de Gaza, Rehhovot, a 45 quilómetros, e Jerusalém, a 75 quilómetros.

Na segunda-feira, Israel reportava que este ataque tinha provocado pelo menos 900 mortos. Número que viria a subir rapidamente. Além das vítimas provocadas, o Hamas fez cerca de 150 reféns israelitas e estrangeiros.

O mapa abaixo descreve os eventos que se seguiram a esta primeira vaga de bombardeamentos.

Depois do ataque aéreo, o Hamas iniciou um ataque sem precedentes, com cerca de mil soldados divididos em unidades especializadas. O grupo derrubou a fronteira com Israel às 7h40 da manhã.

A maioria dos grupos desta investida avançou por terra, com exceção de dois, que entraram em Israel de para-quedas e de barco.

Dois grupos atravessaram a fronteira em dois postos de controlos fechados desde 2007, Kerem Shalom, a sul, e Erez, a norte.

Na primeira vaga de ataques do Hamas, vários soldados foram mortos e capturados. Depois, Israel começou um processo de retaliação. A Força Aérea bombardeou várias localizações em Gaza, incluindo três lança mísseis que estavam direcionados para o país.

Este ataque aéreo atingiu vários edifícios, provocando a morte de mais de 400 palestinianos, incluindo 20 crianças. À semelhança do que aconteceria do lado israelita, também estes números subiriam.

Durante os bombardeamentos à Faixa de Gaza, Israel ordenou a evacuação de várias comunidades junto da fronteira. Já em Gaza, durante o mesmo período, 80 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas. O número mais atualizado subiu para 338 mil deslocados.

A Faixa de Gaza é das zonas do mundo com maior densidade populacional. Em cerca de 356 km quadrados vivem perto de dois milhões e duzentas mil pessoas.

Além da população viver maioritariamente em situação de pobreza e insegurança alimentar, os habitantes da Faixa de Gaza também são bastante jovens. A idade média da população é 18 anos e cerca de 65% têm menos de 24 anos.

Desde o ataque do passado sábado, Israel cortou o fornecimento de eletricidade em Gaza. O balanço mais recente desta quinta-feira aponta para quase três mil mortos dos dois lados: 1.300 israelitas e 1.445 palestinianos.

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  • Antonio Fernando
    17 out, 2023 Amarante 18:22
    Boa tarde. Hoje por volta das 18:15, falou um professor universitário do Canada especialista em Direitos Humanos. Onde posso ouvir novamente? Obrigado

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