Ano Novo

Já é 2021 em Wuhan e milhares de pessoas saíram à rua para celebrar

31 dez, 2020 - 18:15 • Redação com Lusa

Ao contrário de muitas cidades no mundo, que adotaram medidas mais restritivas nesta época, os habitantes da cidade onde terá surgido o novo coronavírus celebraram a chegada do novo ano nas ruas.

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Austrália e Nova Zelândia foram os primeiros países do mundo a entrar em 2021. Em ano de pandemia, muitos foram os governos que adotaram restrições para evitar a propagação da Covid-19, mas na cidade chinesa de Wuhan os mais de 11 milhões de habitantes puderam festejar a passagem de ano.

Os números de infeções na cidade tem gerado desconfiança, pois enquanto o vírus de espalha por muitos pontos do globo, em Wuhan o número de casos está estagnado desde 10 de março.

A contribuir para a desconfiança está a detenção da jornalista Zhang Zhan que noticiou o surto inicial da Covid-19 em Wuhan.

A jornalista viajou para Wuhan, em fevereiro de 2020, para reportar sobre o surto da Covid-19 e a subsequente campanha de prevenção contra a doença e tratamento dos pacientes, mas desapareceu, em maio, sendo mais tarde revelado que foi detida pela polícia em Xangai, no leste da China.

Aos 37 anos foi condenada por "causar distúrbios" e "procurar problemas", uma acusação frequente contra jornalistas e ativistas dos Direitos Humanos na China, segundo o jornal Apple Daily, que cita um dos advogados.

Zhan recusou-se a admitir as acusações, considerando que as informações publicadas por si, em plataformas chinesas como o WeChat, ou nas redes sociais Twitter e YouTube, não deveriam ter sido censuradas.

Desde o início da pandemia, a China registou 96 mil casos, dos quais 68 mil foram registados da província de Hubei, onde está a cidade de Wuhan.

Os festejos acontecem acontecem no dia em que foi reportado na China um caso de infeção pela variante da Covid-19 detetada no Reino Unido, mais contagiosa.

A notícia da entrada desta variante surge numa altura em que as autoridades chinesas deram, pela primeira vez, luz verde à comercialização de uma das vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas no país, pela Sinopharm e a subsidiária Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.

Ambas as empresas solicitaram à entidade reguladora chinesa, na quarta-feira, a aprovação da vacina, após terem informado que a eficácia é de 79,34%, de acordo com dados provisórios dos ensaios clínicos da fase 3.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.8 milhões mortos resultantes de mais de 83 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.



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