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Egito estima que reconstrução de Gaza custará mais de 82 mil milhões de euros

09 mar, 2024 - 17:40 • Lusa

O Egito desempenha um papel chave na guerra entre o Hamas e Israel, uma vez que partilha fronteira com a Faixa de Gaza.

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O Presidente do Egito estimou este sábado que a reconstrução da Faixa Gaza, num futuro pós-guerra, possa custar mais de 90.000 milhões de dólares (82.200 milhões de euros) apenas para "restaurar as condições mínimas".

"Pedi às instituições do país que fizessem uma avaliação do custo da reconstrução de Gaza e percebemos que ultrapassará os 90 mil milhões de dólares, só para recuperar a sua estrutura básica e voltar a ser um lugar habitável", declarou este sábado Abdel Fattah al Sisi, citado pela agência Europa Press.

O Egito desempenha um papel chave na guerra entre o Hamas e Israel, uma vez que partilha fronteira com a Faixa de Gaza.

O chefe de Estado egípcio garantiu que pretende manter aberta a principal passagem de Rafah com Gaza, adiantando que o seu país também procedeu ao envio de ajuda por via aérea, dada a instabilidade do processo por via terrestre.

"No final tivemos de recorrer ao lançamento da ajuda por via aérea, devido aos problemas que enfrentamos no terreno", indicou, numa referência aos bloqueios do exército israelita e de grupos civis que se recuam a permitir a entrada de ajuda, até que o Hamas liberte todos os reféns israelitas.

O Presidente do Egito sublinhou ainda que o seu país rejeitará qualquer tentativa de Israel de forçar um deslocamento massivo de palestinianos em direção ao Sinai: "como é possível que alguém pense que vamos trair os palestinianos?", questionou.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada em 07 de outubro com um ataque em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas, que deixou 1.163 mortos, na maioria civis, levando ainda cerca de 250 reféns, dos quais 130 dos quais permanecem em cativeiro no enclave.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para erradicar o Hamas, tendo sido mortas nas operações militares em grande escala quase 31 mil pessoas, na maioria mulheres e crianças, de acordo com as autoridades locais, controladas pelo grupo palestiniano.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

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