Depois dos homens, as mulheres. Arábia Saudita tenta recrutar estrelas do futebol feminino

09 out, 2023 - 09:00 • Inês Braga Sampaio

O contrassenso não é inédito. Aconteceu no Qatar, em 2010, e agora acontece na Arábia Saudita, onde as mulheres têm de pedir autorização para ir ao futebol. Os motivos são complexos e envolvem a candidatura ao Mundial 2034, mas também a tentativa de “sportswashing”. Empresários confirmam abordagens por jogadoras, através de intermediários - sempre homens, porque os clubes sauditas não contactam diretamente com agentes mulheres.

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Os contactos não são diretos. Chegam através de um agente, um intermediário de confiança, sempre homem. A questão: "Tem alguma jogadora interessada em jogar na Arábia Saudita?"

Depois de um investimento milionário no futebol masculino, a Arábia Saudita está a tentar fazer o mesmo no feminino, que a cada ano atrai mais e mais adeptos.

Mas num país em que as mulheres continuam a ser segregadas e têm de pedir autorização a um homem para ver jogos de futebol no estádio, há quem descarte rapidamente qualquer abordagem. “Tivemos alguns pedidos, mas não pretendo aconselhar jogadoras nossas a ir para a Arábia Saudita, ofereçam o dinheiro que oferecerem. Por isso, nunca entrámos em qualquer tipo de conversações", conta à Renascença um agente FIFA estrangeiro, sob anonimato.

O empresário garante que não está “disposto a arriscar as vidas” das suas jogadoras, “mesmo que o dinheiro pudesse mudar-lhes a vida”.

É com ordenados astronómicos que os clubes sauditas - maioritariamente apoiados pelos fundos do Estado - têm convencido estrelas mundiais a trocar o futebol europeu, que há décadas concentra os melhores jogadores, treinadores e competições, pelo Médio Oriente.

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“Tive sondagens de agentes que já trabalham aquele mercado no masculino, a perguntar-me por jogadoras portuguesas que pudessem ter interesse em ir para lá. Jogadora de seleção, entre 24 e 28 anos. O dinheiro não seria entrave."

Num país como a Arábia Saudita, onde as mulheres estão legalmente subordinadas ao homem, mas não há impostos sobre rendimentos, o que está em causa, segundo Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional (AI) em Portugal, é “quanto é que é preciso pagar para as pessoas se silenciarem e fazerem propaganda”.

“Faz-nos pensar se o dinheiro compra tudo e se também compra direitos humanos. Porque até agora tem comprado, na Arábia Saudita, e se estes jogadores vão todos para lá não é por causa de o campeonato ser competitivo e mediático. É por salários e vencimento”, declara.

Cristiano Ronaldo foi pioneiro nos grandes nomes. Seguiram-se Benzema, Neymar, Kanté, Mahrez, Mané, Firmino, Rúben Neves e Otávio. A lista prolonga-se. Agora, a Arábia Saudita quer também juntar nomes femininos à lista.

Aposta real ou “sportswashing”?


O perfil é claro: jogadoras entre os 24 e os 28 anos, não aquelas que já estão a pensar em fazer o último contrato da carreira. Jogadoras para o presente e para o futuro, de seleção, nomes com peso. O dinheiro não é entrave.

Ashleigh Plumptre encaixa nesse perfil. A central e lateral, de ascendência inglesa, tem 25 anos e é uma das estrelas da seleção da Nigéria que, no Mundial, esteve prestes a eliminar a Inglaterra, campeã da Europa, nos quartos de final.

Foi considerada uma das melhores jogadoras do torneio, foi cortejada pelo Manchester United e, no início de setembro, surpreendeu o mundo ao ser anunciada como reforço do Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Foi o primeiro sinal.

A Renascença quis perceber se se trata de um caso isolado ou do início de uma tendência. Raquel Sampaio é fundadora da Agência Teammate Football Management, que representa várias jogadoras e treinadores, incluindo as internacionais portuguesas Inês Pereira, Dolores Silva ou Fátima Pinto. As abordagens já chegaram a Portugal.

“Diretamente, não. Isto é: de clubes, para mim, não, mas tive algumas sondagens de agentes que já trabalham aquele mercado no masculino a perguntar-me por jogadoras portuguesas que pudessem ter algum interesse em ir para lá”, revela.

A Arábia Saudita quer “entrar forte” no mercado feminino. Contudo, fá-lo somente através de homens, dado que, segundo uma agente FIFA que preferiu falar à Renascença sob anonimato, os clubes sauditas recusam comunicar diretamente com agentes mulheres.

Um cocktail de contradições que deixa Pedro A. Neto de pé atrás.

De acordo com o diretor executivo da AI Portugal, estamos a assistir ao primeiro ato de mais um episódio do fenómeno conhecido como “sportswashing”: manobra de “marketing da mentira” em que se utiliza o desporto para branquear violações de direitos humanos, de forma a melhorar a imagem internacional de um país.

Neste caso, acresce o facto de a Arábia Saudita estar, oficialmente, na corrida à organização do Mundial masculino de 2034.

A nação árabe está a apostar em marketing “muito direcionado e nada subtil” para ganhar a organização do torneio e que pouco de bom augura para os direitos das mulheres na Arábia Saudita, onde “para tudo as mulheres precisam de um homem que lhes dê autorização”, diz Pedro A. Neto.

No entender de Raquel Sampaio, “neste momento, somente o dinheiro” pode levar uma jogadora na faixa etária desejada a rumar à Arábia Saudita: “Não vejo outra mais-valia.”

Por outro lado, há vários fatores dissuasores: ser uma liga nova, sobre a qual há pouca informação, mas também “a questão da cultura em si, do país, das inúmeras regras sobre as mulheres, que são do conhecimento de todas as pessoas”.

“Se na Europa temos muitas coisas ainda para melhorar, acredito que numa liga que acabou de nascer as dificuldades ainda sejam muito maiores e ainda exista muito mais por fazer”, assinala.

Uma portuguesa, um padrão


Muito havia por fazer, em 2010, quando a treinadora portuguesa Helena Costa foi chamada a criar e orientar a primeira seleção feminina do Qatar, península cuja única fronteira terrestre é com a Arábia Saudita.

Na altura, o Qatar preparava a candidatura à organização do Mundial masculino de 2022, que acabou por organizar. Uma situação semelhante à da Arábia Saudita, que agora estendeu no horizonte a tarja do Mundial 2034. No caso do Qatar, a iniciativa funcionou somente no plano propagandístico, dado que a seleção feminina está, hoje em dia, inativa.

Helena Costa recorda, em declarações à Renascença, como, há 13 anos, o governo do Qatar foi o grande impulsionador do projeto, de forma a ter uma seleção feminina no “ranking” FIFA, para reforçar a candidatura ao Mundial 2022. Oito meses depois, aconteceria a votação favorável aos qataris.

Foi extremamente complicado, talvez o trabalho mais duro que tive até hoje. Muito pela cultura”, reconhece Helena Costa.

O grande obstáculo com que a atual coordenadora do “scouting” do Watford se deparou não era institucional, mas sim cultural: o Estado queria publicidade e “proporcionava tudo”; já as famílias eram o principal entrave, pois não queriam o apelido associado a algo “tão inovador”, e recusavam que as jogadoras fossem filmadas ou fotografadas.

“Foi ano e meio, quase dois anos, de três, a tentar desbravar caminho, a bater porta a porta, a falar com os pais, a garantir que não eram filmadas”, conta.

Várias jogadoras desistiram, por pressão das famílias. Helena Costa dá como exemplo o caso da filha do comentador mais conhecido da televisão qatari: “Quando chegámos ao estádio, ela ficou verdadeiramente assustada, porque viu câmaras, e disse-me: ‘O meu pai não sabe que eu estou aqui.’ Marcou três golos, fez uma assistência, ganhámos 4-1 e, a partir desse dia, deixou de jogar.”

O projeto do Qatar falhou. Depois de Helena Costa, que saiu em 2012, a seleção foi buscar a antiga internacional alemã Monika Staab, que tem dedicado a carreira de treinadora a desenvolver o futebol feminino pelo mundo. Staab deixou o cargo 15 meses depois. A seleção feminina do Qatar não disputa um jogo oficial desde 19 de abril de 2014.

Em 2021, Staab tornou-se selecionadora da Arábia Saudita. Este ano, passou a diretora técnica da seleção. Pela mesma altura, a Arábia Saudita começou a preparar a candidatura ao Mundial masculino de 2034.

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"Arábia Saudita está a criar condições para proporcionar uma imagem diferente do país e levar ao Mundial, o grande objetivo deles. O futebol feminino está a ir por arrasto e ainda bem."

Há 13 anos, Helena Costa chegou a ser abordada, por “um conjunto de raparigas sauditas”, que lhe pediram para fazer jogos amigáveis no Qatar, “porque elas entre si organizavam-se e já tinham duas ou três equipas no país”.

O projeto não chegou a bom porto, por questões políticas. Doze anos mais tarde, no jogo inaugural do Mundial do Qatar, a treinadora portuguesa recebeu a notícia de que a Arábia Saudita dera um salto significativo no futebol feminino.

“Já trabalham em termos profissionais, jogam profissionalmente e ganham um bom salário. As coisas deram um passo em frente muito, muito grande”, constata.

Helena Costa teve, inclusive, um convite para ir trabalhar no futebol feminino na Arábia Saudita. Acabou por seguir outro rumo. Quem optou por esse caminho foi o compatriota Luís Andrade, antigo jogador e ex-treinador das equipas femininas de Benfica e Flamengo.

Clubes diferentes, apostas distintas


Apenas um mês depois de ter deixado o Brasil, Luís Andrade recebeu o convite do Al-Qadisiyah, da Arábia Saudita. O aliciante: começar o projeto do futebol feminino do zero.

“Este é o segundo ano do futebol feminino da Arábia Saudita. O Al-Qadisiyah já foi campeão árabe duas vezes [no masculino], tem o seu nome. O futebol feminino é o primeiro ano, foi um projeto do zero mesmo”, conta, em entrevista à Renascença.

Com o processo de desenvolvimento do futebol feminino na Arábia Saudita numa fase tão embrionária ainda, Pedro A. Neto, da Amnistia Internacional, questiona:

“O futebol feminino vai ser implementado para virem jogadoras do estrangeiro, como fazem com o futebol masculino, ou vai haver infraestruturas para democratizar, de facto, a prática do desporto entre as meninas e as raparigas da Arábia Saudita? É preciso perceber se há aqui estratégia de fundo, educativa, para o desporto, para a inclusão, ou se é apenas marketing para fins de mudar a imagem da Arábia Saudita no mundo e para fins de candidatura ao Mundial da FIFA.”

A resposta é C, todas as opções.

Na Arábia Saudita, há quatro equipas que concentram o melhor talento local: Al-Nassr, Al-Hilal, Al-Ittihad e Al-Shabbah. As jogadoras destes clubes estão num estágio de evolução e aprendizagem mais avançado, o que abre espaço a que os reforços estrangeiros sejam nomes mais sonantes, jogadoras contratadas para brilhar e não tanto para ajudar a desenvolver as atletas nacionais.

O caso do Al-Qadisiyah é diferente. O trabalho de Luís Andrade começou com captações, para formar a base da equipa, e treino focado na aprendizagem de conceitos básicos.

O treinador português encara o recrutamento de jogadoras estrangeiras, num clube que ainda corre por fora, como uma forma de "ajudar o grupo, a jogadora local e o clube a valorizar-se no futebol feminino”.

“Temos de trabalhar primeiro a jogadora local, evoluí-la, principalmente em formação, e tem de haver mais mulheres a jogar à bola, para que haja mais equilíbrio entre as equipas e cada vez mais jogadoras a destacar-se. Atletas que vêm com nome para aqui para se destacar muito dificilmente, neste momento, se vão destacar”, diz.

Tal como no masculino, o número de vagas para jogadoras estrangeiras é limitado. Cada clube pode ter sete no plantel e só quatro podem jogar.

Andrade frisa, portanto, que as outras sete jogadoras sauditas que estarão em campo têm de ter qualidade. Isso obriga a “pensar o trabalho da formação, para poder dar mais suporte ao profissional”. E “não falta nada” às jogadoras para que possam evoluir, nem mesmo campo com relva natural, algo que, em vários campeonatos europeus – incluindo o português - ainda escasseia.

O Al-Qadisiyah até já tem um nome sonante no plantel: Rayanne Machado, antiga jogadora do Sporting de Braga, que o técnico português orientou no Flamengo. A defesa e média brasileira tem no palmarés uma Taça de Portugal e um Brasileirão.

Nos clubes mais fortes, que lutam para ser campeões, a jogadora estrangeira serve outro propósito. É Plumptre, estrela do futebol mundial, que encaixa no perfil de jogadora de seleção, de 24 a 28 anos, para cuja contratação não faltará dinheiro.

Consequências felizes de intenções duvidosas


Para Helena Costa, antiga selecionadora do Qatar, há males que vêm por bem.

“Na Arábia Saudita, estão, de facto, a trabalhar condições, também à imagem do que o Qatar fez, no desporto em geral, para proporcionar uma imagem diferente do país e levar [à vitória a candidatura] ao Mundial 2034, que é o grande objetivo deles. O futebol feminino, felizmente, está a ir por arrasto e ainda bem”, afirma.

No entanto, como é que se atrai jogadoras para um país onde as mulheres não podem tomar decisões sozinhas?

O dinheiro, num contexto, como o futebol feminino, em que muitas jogadoras não recebem o suficiente para viver exclusivamente da profissão que escolheram, é um fator importante.

A agente FIFA Raquel Sampaio acredita que só o dinheiro pode ser uma mais-valia e conta, até, à Renascença que teve abordagens de algumas jogadoras, a perguntar-lhe pelo mercado saudita e como se estava a movimentar, “porque poderiam ter interesse em ir para lá”.

Contudo, eram atletas mais velhas, em busca do último grande contrato – não encaixavam no perfil pretendido.

No entender de Helena Costa, “toda a gente que é apaixonada pelo jogo e pelo treino gostaria de ter uma experiência fora”. A treinadora duvida que a diferença salarial seja tal que justifique deixar a Europa pela Arábia Saudita.

“Tem de ser pela procura de uma oportunidade de trabalho, passar a estar profissional naquilo que se faz. Mas a paixão pelo jogo é o principal, porque a cultura pode estar a mudar, mas ainda há muitos entraves e é preciso ter essa paixão para não desgastar tanto, para continuar motivado", vinca.

Para Luís Andrade, que reconhece que “há muitas regras para a mulher” na Arábia Saudita, o apelo, para as jogadoras estrangeiras, será “ajudar o clube a ser valorizado, ajudar as jogadoras locais, porque precisam delas, porque já vêm com outra ideia de jogo, outro pensamento".

A linha “ténue” entre aposta e propaganda


Recentemente, o comentador da Renascença Henrique Raposo disse que Cristiano Ronaldo se transformou “num idiota útil de uma ditadura, numa das piores ditaduras do mundo, e abriu a porta para outros jogadores serem também idiotas úteis de uma ditadura que se está a tentar legitimar”.

Desempenharão jogadoras e treinadores que rumam à Arábia Saudita um papel idêntico?

“Não necessariamente”, responde Pedro A. Neto. “Se forem exercer a sua profissão e jogar futebol, não têm por que o ser. Agora, se aceitarem fazer parte da máquina de propaganda, aí sim, creio que sim. É óbvio. Mas há profissionais de futebol portugueses que estão na Arábia Saudita a trabalhar e que estão com dignidade e dizem o que têm a dizer, colocando a sua vida e segurança em risco, e não podemos julgar quem isso faz. Mas uma outra coisa muito diferente é alinhar e fazer parte da máquina de propaganda”, acrescenta.

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"Faz pensar se o dinheiro também compra direitos humanos. Até agora, tem comprado. É isto que está em causa: quanto é que é preciso pagar para as pessoas se silenciarem e fazerem propaganda. O apelo que faço às mulheres que forem para lá é que não compactuem e que, se testemunharem violações de direitos humanos, denunciem."

O diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal faz um apelo às mulheres que optem por aceitar proposta do futebol saudita:

“Que não compactuem, que não cedam no seu lugar de privilégio, que é a prática de futebol. Se forem para lá e testemunharem violações de direitos humanos, quer para com elas, quer para com outras mulheres, que sejam disso testemunhas e que denunciem, porque só com essa pressão é que as coisas poderão, de facto, mudar.”

O desporto tem um “potencial enorme” para desenvolver as comunidades e congregar as pessoas, e a visibilidade do campeonato feminino de futebol e das futebolistas naquele país “pode abrir espaço e liberdade às mulheres na Arábia Saudita e para a mudança efetiva de leis”.

Luís Andrade concorda e afirma que esta aposta no futebol feminino “leva a que a mulher seja mais livre na Arábia Saudita”. Contudo, pede tempo e deixa um recado às jogadoras estrangeiras que para lá se mudem: têm de se adaptar às regras existentes e não podem pensar que vão liderar uma revolução.

“Uma jogadora que eu contrate que pense que vem para mudar as regras que estão aqui definidas eu mando-a logo embora, nem tem lógica nenhuma”, declara.

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"O desenvolvimento do futebol feminino na Arábia Saudita leva a que a mulher seja mais livre."

O treinador português quer jogadoras que trabalhem para fortalecer o Al-Qadisiyah e desenvolver o futebol feminino, e não acredita que o facto de os direitos das mulheres na Arábia Saudita serem muito limitados possa afastar pretendentes: “Não muda absolutamente nada.”

“A jogadora estrangeira que quer vir jogar e mostrar o seu talento na Arábia tem de saber que é um país que tem as suas regras e que chega aqui e tem de cumprir. Sabe perfeitamente que tem de cumprir. A estrangeira vem para aqui para trabalhar, para ser uma mais-valia. Não vem para aqui de férias. Se vier para aqui de férias que fique em casa, queremos jogadoras é que venham para aqui ajudar”, finaliza.

É valorizando as jogadoras sauditas e o futebol feminino que as jogadoras estrangeiras poderão “favorecer não só quem quer jogar futebol, mas também, se calhar, outros desportos femininos”, diz Luís Andrade.

Num futuro próximo, é provável que a aposta saudita no futebol feminino venha acompanhada de projetos de formação e educação. Se daí advirá mais liberdade para mulheres dentro e fora das quatro linhas, é outra questão.

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