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O país exportador

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O país exportador

25 jun, 2023 • José Bastos


João Pinto, João Cerejeira e Nuno Botelho na análise do recorde das exportações de bens e serviços em 2022 - 120 mil milhões de euros, próximo do dobro dos 64 mil milhões de 2012.

As exportações portuguesas recuperaram do choque da pandemia e ultrapassaram os números de 2019. Entre 2021 e 2022 o crescimento foi de 33,9% para 120 mil milhões de euros.

No ano passado a exportação de bens e serviços cifrou-se no dobro do registado em 2012. O peso das exportações no PIB atingiu os 50% em 2022 (34% nos bens e 16% nos serviços) antecipando em vários anos essa meta do poder público, mas é uma intensidade exportadora ainda baixa no contexto da União Europeia, face a países de dimensão comparável.

Entre as razões apontadas, alguns especialistas sugerem ter sido demasiado prolongado o processo de ajustamento das empresas portuguesas face à entrada em força da China no comércio internacional e na resposta à adesão dos países do leste europeu à União Europeia, no início da década. Demorou no início, mas começou a dar frutos no início da segunda década.

Outros factores podem incluir a melhoria de competitividade das empresas, a estabilidade macro-económica ou a contribuição decisiva das exportações de serviços sobretudo o turismo que passou de 10 mil milhões em 2014 para 21 mil milhões em 2022. Ainda assim, há alertas de que o setor do turismo pode não garantir crescimento por si só e não haver exemplos de economias avançadas lideradas apenas pela atividade turística.

Que fatores explicam este comportamento e como manter esta alavanca do crescimento económico são ângulos em análise neste espaço, onde se olhará também para a taxa de eficácia das políticas públicas na promoção das exportações.

A análise é de Nuno Botelho, líder da ACP – Associação Comercial do Porto, João Cerejeira, professor da Universidade do Minho e João Pinto, vice-presidente da Universidade Católica no Porto e docente da Católica Porto Business School.

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