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CGTP com mais de 110 mil sindicalizações nos últimos quatro anos

23 fev, 2024 - 13:07 • Lusa

A secretária-geral da intersindical diz que números são "fruto da ação e intervenção" dos sindicatos nos locais de trabalho, nomeadamente naqueles em que os sindicalistas passaram a poder exercer plenamente a atividade sindical.

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A líder da CGTP, Isabel Camarinha, anunciou esta sexta-feira que nos últimos quatro anos a intersindical registou mais de 110 mil novas sindicalizações, reafirmando a necessidade de intensificar a luta para romper "o caminho de décadas de política de direita".

A secretária-geral da intersindical falava na intervenção inaugural do XV congresso que decorre na Torre da Marinha, Seixal, distrito de Setúbal, até sábado, que será marcado pela saída de Isabel Camarinha da liderança da central, devido ao limite de idade.

Segundo disse a sindicalista, desde o último congresso, realizado há quatro anos, "mais de 110 mil trabalhadores se filiaram" na CGTP, o que é "fruto da ação e intervenção" dos sindicatos nos locais de trabalho, nomeadamente naqueles em que os sindicalistas passaram a poder exercer plenamente a atividade sindical.

"Vamos ao combate com a nossa organização reforçada, com a responsabilização de quadros nas diferentes áreas da nossa intervenção, com o aprofundamento da ação sindical integrada na ligação aos locais de trabalho e aos trabalhadores", salientou Isabel Camarinha.

A líder sindical afirmou que "o desafio que está colocado aos trabalhadores e aos sindicatos de classe é a ação para romper com este caminho de décadas de política de direita, com os resultados nefastos já conhecidos e engrossar o caudal social de exigência de um novo rumo para o país, com mais salários e a efetivação dos direitos sociais, laborais e económicos".

"Uma luta que temos de intensificar e levar ao voto nas eleições de 10 de março, esclarecendo e mobilizando os trabalhadores para o que está (e não está) em jogo", disse perante os mais de 720 delegados ao congresso e centenas de convidados sindicais, institucionais e internacionais.

Camarinha referiu que serão eleitos nas legislativas "230 deputados e não o primeiro-ministro".

"Vamos decidir entre projetos que têm nos valores de abril e na sua projeção nos direitos de quem trabalha e trabalhou um elemento central, e projetos que visam perpetuar este tempo sem futuro, que visam aumentar o poder do grande capital e criar melhores condições para intensificar a exploração", disse a sindicalista.

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  • Anastácio José Marti
    23 fev, 2024 Lisboa 15:57
    Quando terão os trabalhadores portugueses, em particular os DEFICIENTES, acesso a sindicatos e sindicalistas não politizados, para serem realmente e não ficticiamente defendidos, ao invés do que acontece desde 1974 onde os sindicatos são uma farsa, e os sindicalistas, o são às segundas, quartas e sextas, sendo, simultaneamente, políticos às terças, quintas e sábados, sem o mínimo de honestidade intelectual, pois nunca ninguém pode estar nos dois pratos de uma mesma balança em simultâneo?
  • Anastácio José Marti
    23 fev, 2024 Lisboa 15:11
    Mais importante e qualificativo do que o Nº de sindicalista da CGTP é o muito que continua por fazer e ser assumido pela própria CGTP para nos provar que realmente defende quem trabalha e não é apenas e só mais um asilo para políticos que não tendo tido cargos no interior dos partidos em que estão filiados aqui se vieram asilar. 1- Alguém conhece alguma diligência que a CGTP tenha feito, na última década, para que, desde a saída da Troika do país, o Governo tivesse devolvido aos funcionários públicos os Subsídios de Férias e de Natal por inteiro deixando de fazer incidir sobre os mesmos, como ainda hoje acontece, descontos para a ADSE, IRS, CGA, etc?2 - Alguém conhece alguma diligência feita pela CGTP para que os trabalhadores DEFICIENTES deixassem de ser discriminados negativamente e impedidos de se realizarem profissionalmente sendo queimados por serem diariamente impedidos de evoluírem pelos que os fingem dirigir? 3 - Após a publicação da lei Nº 5/2022 que impôs ao Governo um período de 6 meses para ser regulamentada e só o foi 14 meses após, com a desonestidade intelectual de exigir aos trabalhadores DEFICIENTES não só uma incapacidade igual ou superior a 80% durante pelo menos 15 anos como se algum ser humano aguentasse a trabalhar durante 15 anos com esta percentagem de incapacidade, o que fez a CGTP alguém sabe para reparar estas vergonhas nacionais? Isto sim deveria a CGTP divulgar do muito que está por fazer para realmente defenderem quem dizem defender apesar de estes indignantes exemplos não o provarem.

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