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Nuno Melo revela que Governo vai organizar comemorações dos 50 anos do 25 de novembro

21 abr, 2024 - 14:27 • Manuela Pires

"Não esquecemos nunca que o 25 de novembro foi um movimento militar que salvou a democracia em Portugal", disse Nuno Melo no discurso de encerramento do Congresso do CDS, em Viseu.

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O presidente do CDS-PP revelou, este domingo, em Viseu, durante o discurso de encerramento do Congresso do CDS que o Governo vai criar uma Comissão para as comemorações nacionais dos 50 anos do 25 de novembro.

"Concertei com o primeiro-ministro que, no âmbito da Defesa e do Governo, criaremos uma Comissão para as comemorações nacionais dos 50 anos do 25 de novembro, plural e justa, com militares e civis", declarou Melo.

"Não esquecemos nunca que o 25 de novembro foi um movimento militar que salvou a democracia em Portugal", argumentou, lembrando também recentes declarações de Ramalho Eanes: "Há dois dias, o general e Presidente Ramalho Eanes dizia ´não percebo que estigmatizem e se esqueçam do 25 de novembro porque o 25 de novembro é a continuação do 25 de abril'.”

"Deixo-vos uma certeza: durante o ano de 2025, faremos justiça a esta data primordial e também ela fundacional da Democracia em Portugal", proclamou o líder do CDS.

No discurso de encerramento do congresso do CDS, o líder do partido reeleito com 89,3% dos votos, pediu aos portugueses para não se deixarem enganar nas próximas eleições europeias, porque diz que em causa e é a sobrevivência do projeto europeu em democracia.

"Não se deixem enganar. Temos uma guerra às portas das fronteiras da UE e da NATO que ameaça o nosso presente e nosso futuro. Têm no voto a arma política necessária para a defesa do conceito de Ocidente e de liberdade, expresso nos partidos que defendem o projeto europeu. Este conceito está hoje ameaçado pelo crescimento da extrema-esquerda nostálgica do imperialismo soviético, e pela extrema-direita simpatizante e por vezes aliada do imperialismo de Putin. Por motivos diferentes, uns a e outros são a opositores da União Europeia como a concebemos" disse o líder do CDS.

Nuno Melo aproveitou ainda o encerramento do congresso para responder às críticas que foram feitas a duas medidas tomadas pelo governo da Aliança Democrática, a primeira a redução das taxas de IRS.

Melo considerou que os socialistas estão "em processo acelerado de surto amnésico" se continuarem a criticar o governo.

"Se continuarem a criticar o nosso Governo por começarmos a reduzir o IRS bem além do que o PS queria, só quero dizer duas coisas, a primeira é que estamos certos, a segunda é que, como de costume, o PS entrou em processo muito acelerado de surto amnésico", afirmou.

"O PS, que durante oito anos bateu todos os recordes de carga fiscal, aumentou o IRS, o IRC, o IUC e o ISP, ataca o Governo da AD porque nos primeiros 15 dias desceu os impostos sobre o trabalho bem além do que o próprio PS defendeu", lamentou o também ministro da Defesa Nacional, afirmando ser "difícil encontrar um adjetivo que qualifique uma coisa assim".

Mas o líder do CDS quis ainda responder às críticas que foram feitas por causa da mudança do logótipo do governo. Melo diz que não se trata de uma questão de estética, mas sim da essência.

"O problema é que não perceberam que nunca esteve em causa a estética, mas a essência. Quando o PS decidiu apagar a esfera armilar, não estilizou um logotipo. Apagou o único elemento perene em todas as bandeiras nacionais, identitário de um povo, que não se encontra em 2024, porque só se mede em 9 séculos de história. Repondo a esfera armilar o governo da coligação apenas resgatou a identidade de Portugal que não se confunde com a de qualquer outro país" disse Nuno Melo aos congressistas.

O líder do CDS que é também ministro da defesa no governo da AD deixou aqui aos militantes a garantia que vai defender os antigos combatentes e as Forças Armadas e deixou mesmo um caderno de encargos, dando como exemplo a necessidade de travar o declínio do recrutamento para as forças Armadas.

"Se conseguirmos travar o declínio no recrutamento para as Forças Armadas, se conseguirmos, em base voluntária e com incentivos adequados, melhorar o estado operacional das Forças Armadas, se conseguirmos melhorar a assistência na saúde e na vida dos antigos combatentes, se conseguirmos dar eficiência e proveito às indústrias e unidades industriais da Defesa (...) missão cumprida" disse Nuno Melo.

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