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Tóquio2020. Portugal com desempenho sem precedentes

08 ago, 2021 - 11:55 • Lusa

Os quatro pódios, que quebraram o ciclo de duas edições de Jogos com apenas uma medalha, superaram os resultados alcançados em Los Angeles1984 e Atenas2004.

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Portugal conseguiu em Tóquio2020 a melhor pontuação de sempre em Jogos Olímpicos, ao totalizar 78, atribuídos aos atletas classificados entre o primeiro e o oitavo, mais 27 do que em Atenas2004.

A Missão de Portugal arrebatou quatro medalhas, uma de ouro, por Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, uma de prata, por Patrícia Mamona, também no triplo, enquanto judo e canoagem repetiram as presenças entre os medalhados das últimas edições.

Depois do solitário bronze de Telma Monteiro no Rio2016, Jorge Fonseca alcançou idêntica posição em -100 kg, seguindo-se Fernando Pimenta, que, em K1 1.000 metros, ‘baixou’ um degrau relativamente a Londres2012, quando chegou à prata com Emanuel Silva, em K2 1.000.

Os quatro pódios, que quebraram o ciclo de duas edições de Jogos com apenas uma medalha, superaram ainda os resultados alcançados em Los Angeles1984 e Atenas2004, edições em que os portugueses subiram três vezes ao pódio.

Os ‘metais’ alcançados, que totalizam 28 em Jogos Olímpicos (cinco de ouro, nove de prata e 14 de bronze), permitiram a Portugal ocupar o 56.º lugar no medalheiro, numa representação em que conseguiu outros 11 diplomas, entre os quais o quarto lugar de Auriol Dongmo, no lançamento do peso.

No atletismo destacaram-se ainda Liliana Cá e João Vieira, quintos no lançamento do disco e nos 50 quilómetros marcha, enquanto Catarina Costa inaugurou as competições de judo com idêntica posição, tal como Yolanda Sequeira na estreia do surf, com a presença nos quartos de final.

A ciclista Maria Martins, a canoísta Teresa Portela, e os velejadores Jorge Lima e José Costa também saíram diplomados de Tóquio2020, com os sétimos lugares em omnium, K1 500 metros e 49er, assim como a seleção portuguesa de ensino em equestre, constituída por Rodrigo Torres, Maria Caetano e João Miguel Torrão, o ‘skateboarder’ Gustavo Ribeiro e o K4 500 metros formado por Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, com as oitavas posições nas respetivas competições.

À porta dos ‘pontos’, ficaram no torneio por equipas de ténis de mesa Tiago Apolónia, João Monteiro e Marcos Freitas, que conseguiu a mesma posição na competição individual, a surfista Teresa Bonvalot, as judocas Telma Monteiro, Bárbara Timo, Patrícia Sampaio e Rochele Nunes e a seleção portuguesa de andebol, ao terminarem as respetivas competições nos nonos lugares.

Ainda no ‘top 10’ realce para a presença da canoísta Teresa Portela, em K1 200 metros, e da cavaleira Luciana Diniz, nos saltos de obstáculos, ambas uma posição acima do ginasta de trampolins Diogo Abreu, do lutador de taekwondo Rui Bragança, do canoísta slalom Antoine Launay e da nadadora Ana Catarina Monteiro, que conseguiu a melhor classificação feminina de sempre nos 200 mariposa.

Apesar das muitas alegrias, que foram mais do que as tristezas, ainda houve muitas lágrimas e algumas desilusões, como a eliminação da seleção portuguesa de andebol na fase de grupos, na estreia de um desporto coletivo de pavilhão em Jogos Olímpicos, a desistência de Frederico Morais, devido a infeção pelo novo coronavírus, ou o não apuramento para a final do triplo de Nelson Évora, que chegou a Tóquio como único campeão olímpico da missão.

Aquém das expectativas, estiveram os representantes nacionais em natação pura, com várias marcas longe dos melhores registos pessoais e apenas um recorde nacional, de Francisco Santos, nos 100 metros.

No lado positivo dos nadadores lusos, Ana Catarina Monteiro conseguiu a primeira semifinal feminina de sempre, nos 200 mariposa, mas coletivamente foi um resultado aquém das expectativas, como o ciclismo de estrada, apenas com um 13.º no fundo e um 16.º no contrarrelógio, ambos por João Almeida.

Também no triatlo masculino as marcas ficaram abaixo do possível, com João Silva no 23.º lugar e João Pereira no 27.º.

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