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Legislativas 2024

Cristas afirma que AD não recebe lições quanto ao papel das mulheres

01 mar, 2024 - 00:46 • Lusa

Antiga presidente do CDS apelou à "concentração de votos" na coligação Aliança Democrática para que consiga "uma robusta maioria".

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A antiga presidente do CDS-PP Assunção Cristas afirmou esta quinta-feira que a AD não recebe lições quanto ao papel das mulheres, invocando o seu exemplo e os de Manuela Ferreira Leite, Leonor Beleza e Maria José Nogueira Pinto.

"Portanto, quando nos vêm dar lições nesta matéria, meus senhores e minhas senhoras, primeiro arranjem currículo, porque não têm um que bata o nosso", declarou Assunção Cristas, que se juntou à campanha da Aliança Democrática (AD) num jantar comício no Pavilhão de Exposições de Ourém, no distrito de Santarém.

Num discurso de cerca de 15 minutos, a antiga presidente do CDS-PP apelou à "concentração de votos" na coligação PSD/CDS-PP/PPM para que consiga "uma robusta maioria", sustentando que, "direta ou indiretamente", todas as outras opções "vão parar ao mesmo, que é a continuidade do PS" no Governo.

"A mudança tem um único nome, um único voto seguro, um único que eu diria 100% à prova de tudo. Essa mudança e esse voto é na AD e é em Luís Montenegro", defendeu.

Assunção Cristas, que foi ministra da Agricultura e do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território entre 2011 e 2015, qualificou como "cadastro governativo" a experiência de Governo do secretário-geral do PS, rejeitando que seja uma vantagem em relação ao presidente do PSD.

Segundo a antiga presidente do CDS-PP, Pedro Nuno Santos não tomou "uma única decisão boa para o país, uma que seja" na sua passagem por funções governativas, enquanto Luís Montenegro tem "experiência parlamentar, experiência de vida, combatividade e, sobretudo, um grande sonho, uma grande ambição". "E é isso que faz a diferença, meus amigos", considerou.

Quanto à inexperiência governativa do presidente do PSD, relativizou esse fator, argumentando que "também são as funções que fazem as pessoas, é a experiência, é o confronto com os cargos, com as decisões, com as decisões, com as exigências, com a necessidade de governar que afina as pessoas".

No fim da sua intervenção, Assunção Cristas, que liderou o CDS-PP entre 2016 e 2020, dirigiu uma mensagem às mulheres.

"Permitam-me dirigir uma palavra especial, perdoem-me os senhores cavalheiros, às senhoras que estão nesta sala, às mulheres, às jovens raparigas e às meninas, e dizer-vos: nesta área política não devemos nada a ninguém", afirmou.

Assunção Cristas referiu que "o PSD teve a primeira mulher líder partidária, chama-se Manuela Ferreira Leite e continua muito ativa a dar uma ajuda" e deu também o seu próprio exemplo: "O CDS, bom, aqui me têm, também teve uma líder partidária".

Depois, apontou também os exemplos de Leonor Beleza, "brilhante ministra", do PSD, e de Maria José Nogueira Pinto, do CDS-PP, "primeira líder parlamentar de um partido político", rejeitando "lições nesta matéria".

"E por isso, e porque acredito muito numa sociedade feita de mulheres e de homens com direitos e oportunidades iguais, e porque acredito muito na palavra e na influência nas mulheres, queria pedir a todos nesta sala, mas muito em especial às mulheres: empenhem-se na campanha", acrescentou.

A antiga ministra da Agricultura dedicou a este setor uma parte do seu discurso, prometendo que a AD "vai estar ao lado dos agricultores e vai-lhes dar o apoio, o reconhecimento o carinho de que precisam para ir ainda mais longe" e para que este seja um "setor estratégico".

Assunção Cristas enalteceu a produção agrícola feita "com a atenção ao clima e ao ambiente, sabendo que os recursos são escassos, sabendo que a água é para usar muito bem e muito cuidadosamente" e alegou que "não há quem sinta como os agricultores o que é o clima, o que é a alteração climática, o que um país mais quente, mais seco, em risco de desertificação".

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