A+ / A-

Novo aeroporto não precisa de financiamento público, diz CTI

05 dez, 2023 - 17:27 • Lusa

Comissão Técnica Independente apresentou as melhores localizações e opções para o novo aeroporto de Lisboa.

A+ / A-

A coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, disse esta terça-feira que a construção do novo aeroporto não precisa de financiamento público, sendo todas as opções financeiramente viáveis.

Rosário Partidário falava na apresentação do relatório preliminar da análise e avaliação das opções estratégicas para ampliação da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, no LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que decorre em Lisboa.

"Todas as opções são financeiramente viáveis, não sendo necessário financiamento público para a construção do novo aeroporto", afirmou.

De acordo com o relatório preliminar da comissão técnica independente responsável pela avaliação ambiental estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, que estudou nove opções, no entanto, em termos de financiamento, a solução em que o Aeroporto do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto Humberto Delgado o de complementar, incluindo a capacidade para o aeroporto principal substituir integralmente a operação do aeroporto secundário (RCM), e as opções de aeroporto único exigem um maior valor de financiamento inicial até à abertura da primeira pista.

Já na rapidez de execução e custos para o promotor e para a economia em resultado dos limites de capacidade, a opção dual em que o Aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e um Aeroporto localizado no Campo de Tiro de Alcochete o de complementar é a que apresenta maior vantagem..

Em termos da resiliência financeira a choques, a solução Aeroporto Humberto Delgado com o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto do Montijo o de complementar "devido ao menor montante de investimento é a mais resiliente".

Globalmente, do ponto de vista dos critérios de avaliação da análise financeira, a opção dual Aeroporto Humberto Delgado como aeroporto principal e Alcochete como complementar "parece ser a mais vantajosa", segundo os técnicos da comissão.

O relatório considera ainda que no que toca aos riscos decorrentes do contrato de concessão, as soluções Aeroporto Humberto Delgado como aeroporto principal e o Aeroporto do Montijo como complementar Aeroporto Humberto Delgado como principal e Alcochete complementar são as que apresentam menores riscos.

Alcochete e Vendas Novas são as duas opções identificadas pela comissão técnica independente como viáveis para um novo aeroporto, juntamente com Humberto Delgado até ser possível passar para infraestrutura única, foi hoje anunciado.

Uma resolução do Conselho de Ministros aprovada no ano passado definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa, mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções, o que veio a acontecer.

Nas cinco opções inicialmente consideradas estão uma solução dual, em que o aeroporto Humberto Delgado (AHD) terá o estatuto de aeroporto principal e o do Montijo o de complementar; uma outra solução dual alternativa, em que o aeroporto do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o AHD o de complementar; a construção de um novo aeroporto internacional no Campo de Tiro de Alcochete (CTA), que substitua, de forma integral, o AHD; uma outra solução dual, em que o AHD terá o estatuto de aeroporto principal e um aeroporto localizado em Santarém o de complementar; e a construção de um novo aeroporto internacional localizado em Santarém, que substitua, de forma integral, o AHD.

A estas opções, a CTI acrescentou mais quatro, nomeadamente AHD + Campo de Tiro de Alcochete; Vendas Novas + Pegões; AHD + Vendas Novas-Pegões e Rio Frio + Poceirão

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+